A Câmara Municipal de Santa Cruz acusa o candidato do PSD, Brício Araújo, de ter ido ontem "pela primeira vez ao mercado". Pois, no seu entender, "só essa qualidade de estreante pode explicar o desconhecimento revelado quanto àquela estrutura, que esteve ao abandono duramente décadas da gestão do PSD na Câmara Municipal de Santa Cruz, e que só teve intervenção já na actual gestão".

Recorde-se que Brício Araújo criticou a forma como o actual executivo gere aquele espaço.

A autarquia esclarece, através de um comunicado, que "foram feitas melhorias ao nível da pintura e dos sanitários" e recuperados "os painéis de António Aragão, e o mural de Teresa Brazão numa reinterpretação da artista Cristiana Sousa".

"Claro que queríamos ir mais além, e até está prevista uma intervenção profunda integrada na requalificação da Praia das Palmeiras e zonas circundantes. Mas isto o candidato desconhece e o que lhe interessa é pedir mais investimento sem saber como, nem quando, nem o que está previsto", sustenta,

A autarquia de Santa Cruz acha bem que peça mais investimento, mas aconselha "a que canalize essa sua azáfama reivindicativa para os lugares certos", pois, conforme referiu, o mercado e outros investimentos já poderiam ter sido realizados caso o Governo Regional lhes pagasse "o que deve do IRS e do Parque Industrial da Cancela".

"Para sermos mais claros, estes e outros investimentos já poderiam ter sido realizados se o candidato Brício Araújo não tivesse, enquanto deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, votado contra a legítima entrega dos dois milhões de euros do IRS que são devidos ao povo de Santa Cruz", critica.

Acrescenta ainda que "estes e outros investimentos já poderiam ter sido feitos se o candidato Brício Araújo, enquanto advogado, não tivesse dado apoio jurídico aos que continuam a roubar os mais de cinco milhões de euros que são devido ao povo de Santa Cruz pelos terrenos que são nossos no parque industrial da Cancela".

Mais: "Estes e outros investimentos já poderiam ter sido feitos se o partido do candidato Brício Araújo não tivesse deixado uma dívida e não tivesse, no início do mandato, instrumentalizado empresários e empresas e penhorarem as contas da Câmara por dívidas que o próprio PSD criou", concluiu.