Como já era de esperar em estado pandémico, a afluência de pessoas ao arraial do Monte foi muito baixa. Como tenho por hábito manter a tradição, todos os anos subo ao Monte, só que este ano fui surpreendido com a dizimação arboral do Largo da Fonte. Aqueles plátanos saudáveis que eram o ícone do Monte, simplesmente desapareceram por ação humana. Por motivos políticos às lindas e centenárias árvores morreram de pé. Em ano de autárquicas, não se olha a meios para atingir objetivos. Primeiro a política, depois o interesse económico, depois as pessoas e por fim a natureza. Não venham agora dizer que entre a natureza e a segurança das pessoas, primeiro a segurança. Aqueles plátanos foram barbaramente dizimados por estar em causa eleições autárquicas. No próximo ano iremos ter saudades do monte de outrora.

José Freitas