Coronavírus Madeira

Variante Delta continua a ser prevalente na Madeira

A frequência relativa da variantes indiana do SARS-CoV-2 é agora de 95,5%

A Madeira continua a fazer o acompanhamento de todos os casos de covid-19 identificados na Região. Foto Arquivo/Hélder Santos/Aspress
A Madeira continua a fazer o acompanhamento de todos os casos de covid-19 identificados na Região. Foto Arquivo/Hélder Santos/Aspress

A variante Delta (B.1.617.2), associada à Índia, é agora de 95,5% na Madeira. Assim o demonstram os resultados do mais recente relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, divulgado esta manhã pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas. 

Na base destes resultados estão as amostras recolhidas entre os dias 12 e 18 de Julho. No caso da Madeira, foram analisadas 36 amostras, referentes a infecções de residentes de todos os concelhos da Região. Em todos foi identificada a variante Delta. Apenas uma amostra dizia respeito à variante Alpha (B.1.1.7), que já foi prevalente no nosso arquipélago entre os finais do ano passado e os primeiros meses de 2021. 

Entre as recolhas feitas para estudo, foi identificado, também, um caso da variante Gamma (P.1), habitualmente associada a Manaus-Brasil. 

No todo nacional, entre as novas sequências analisadas, a variante Delta é a prevalente, com uma frequência relativa de 98.6% na semana de 12 a 18 de Julho, estando acima de 95% em todas as regiões.

Do total de sequências da variante Delta analisadas até à data, 59 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1). Esta sublinhagem tem mantido uma frequência relativa abaixo de 1% desde a semana de 14 a 20 de Junho, tendo sido detectados três casos na semana agora em análise, nenhum dos quais na Madeira. 

O relatório de diversidade genética do SARS-CoV-2 indica também que a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma, associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respectivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente. Em particular, não foi detectado qualquer caso associado à variante Beta desde a semana de 21 a 27 de Junho, e a frequência relativa da variante Gamma foi de 0.3% no período em apreço. Não se detectaram novos casos da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile.