Madeira

Impacto da greve nos aeroportos da Madeira foi "bem menor"

Miguel Albuquerque elogia e enaltece a "forma diferente de actuar dos responsáveis e dos funcionários de cá face ao que se passou no testo do País"

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O Governo Regional lamenta o "silêncio total" do Governo da República, durante todo o dia de hoje, em relação à greve da Groundforce e ao impacto que a mesma está a ter nos aeroportos portugueses e do arquipélago madeirense, embora neste caso, "devido à colaboração da própria empresa e dos seus trabalhadores, o impacto tenha sido bem menor".

Sublinhe-se que os aeroportos madeirenses tiveram uma adesão muito menor à greve do que no resto do País, devido a essa colaboração dos trabalhadores e da direcção regional da empresa, que entenderam os nossos argumentos e foram solidários com o momento difícil que o Turismo atravessa, assegurando, na generalidade, o serviço previsto para este dia nos aeroportos da Região. Governo Regional

Caos no Aeroporto de Lisboa

Até ao momento, foram cancelados 274 voos no país devido à paralisação da Groundforce

De acordo com o executivo regional esta foi "uma demonstração de responsabilidade e colaboração face ao período que se vive" e o Governo liderado por Miguel Albuquerque elogia e enaltece "essa forma diferente de actuar dos responsáveis e dos funcionários de cá face ao que se passou no testo do País, muito fruto das conversas que foram mantidas com esses mesmos responsáveis".

No entanto, apesar deste menor impacto, as consequências para a Região, para o seu Turismo, são sempre negativas. Até porque houve dois voos cancelados a partir de Lisboa e um do Porto, para além de um charter para o Porto Santo que deixou de se realizar, devido à inoperacionalidade naqueles dois aeroportos. E isso deixa sempre sequelas na imagem de qualquer destino, ainda mais numa altura tão complicada como esta. Governo Regional

Agências de Viagens lamentam "vergonha que se está a passar" nos aeroportos

O presidente das Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) lamentou hoje a "vergonha que se está a passar" nos aeroportos portugueses, devido à greve da Groundforce, numa altura em que as empresas tentam reerguer-se da crise.

Para além destes cancelamentos, houve vários voos que chegaram atrasados e houve voos, para o Porto Santo, que chegaram àquele destino sem a bagagem de passageiros, indica o Governo Regional.

Refira-se que as dezenas de voos directos, sem passar por Lisboa e por Porto, fizeram-se com normalidade, sem atrasos ou cancelamentos. Consequências negativas que aconteceram "devido a problemas nos aeroportos de origem, nomeadamente os do Porto e de Lisboa e não resultado de anomalias na operação nos nossos aeroportos".

Mas, reitera-se, o que se estranha mais é que o Governo da República tenha feito pouco ou nada para minimizar os efeitos desta greve, que era conhecida há muito tempo, numa altura em que se precisa da retoma turística como do “pão para a boca”. Governo Regional

Greve da Groundforce leva Eduardo Jesus a questionar: "onde anda o Governo da República?"

O secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, lamentou que a greve da Groundforce não tivesse sido acautelada pelo Governo da República.

O facto de não terem sido definidos serviços mínimos pelo Governo da República "é inaceitável" no entender do Governo Regional da Madeira, ainda para mais num período de férias, de regressos a casa, de retoma de actividade.

Permitir que uma empresa de handling – que é quem faz todo o apoio ao nível das malas, das escadas dos aviões, da deslocação dos aviões na placa – possa fazer greve sem exigir serviços mínimos é, convenhamos, um desleixo muito grande por parte do Governo da República. Governo Regional

"Na Madeira, repete-se, mesmo sem esses serviços mínimos, a equipa da Groundforce, tendo consciência do problema e em conversas com o Governo Regional da Madeira, organizou-se de modo a não haver uma adesão massiva à greve, não colocando assim em causa a operacionalidade nos aeroportos madeirenses. Também a ANA Aeroportos esteve a tentar menorizar o problema e as companhias também colaboraram", indica o executivo regional.

Voos TAP chegam à Madeira sem bagagem

Os passageiros são informados da falta de bagagem apenas à chegada

No meio de mais de cinquenta movimentos aéreos, "haver apenas três ou quatro situações de voos cancelados, foi extraordinário e tal se deveu a essa colaboração a nível local, por parte das equipas da Groundforce, que contaram com o apoio da ANA e das operadoras".