Madeira

Alunos da Secundária de Santana realizam estudo sobre 'A Pegada Ecológica'

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Os alunos do Clube Eco-paper (9.º1) da Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, de Santana, desenvolveram um estudo sobre 'Pegada Ecológica', com o objetivo de calcular a pegada ecológica dos alunos desta escola, trabalho que já tinha sido realizado em 2013/2014.

"Pretendeu-se comparar os resultados obtidos, analisar e reflectir sobre os mesmos, sugerir medidas que promovam uma diminuição da “pegada ecológica” e sensibilizar toda a comunidade educativa e população em geral para a importância deste tema, tentando contribuir-se para uma mudança de comportamento em prol da sustentabilidade", lê-se no counicado enviado para a redacção. 

Em Portugal, a pegada ecológica (segundo dados de 2020) é de 4,5 hectares (ha) per capita, o que significa que cada português consome o equivalente a esta área de recursos. A nível mundial a pegada ecológica está nos 2,7 hectares per capita. "Se todos os habitantes do mundo tivessem o nosso estilo de vida, seriam necessários 2,5 planetas Terra para viver", sublinha a escola.

Os resultados do estudo são "alarmantes", considera a escola, "uma vez que a pegada ecológica dos alunos inquiridos se situa entre 6 a 8 ha, à semelhança do que se tinha verificado em 2013/2014". Um valor que "resulta essencialmente do parâmetro alojamento, uma vez que a maioria dos alunos vive numa moradia, usam como 2.º sistema de aquecimento da casa a electricidade e consomem abundantemente água". A investigação da Secundária de Santana mostra também que "os resíduos são o segundo parâmetro que mais pesa na pegada ecológica destes alunos, pelo facto de nem sempre procurarem reduzir a produção de resíduos, uma minoria pratica compostagem e raramente separam os resíduos para reciclagem".

"Após a apresentação deste estudo é importante refletirmos sobre os seus resultados e melhorarmos o nosso comportamento, para que todos possamos contribuir para a diminuição da pegada ecológica individual e assumirmos um papel cada vez mais activo e consciente na escola, em casa e na sociedade. E o facto da escola se situar no interior da Reserva da Biosfera de Santana, ainda torna estes resultados mais alarmantes, uma vez que os mesmos parecem indicar que caminhamos em sentido oposto à sustentabilidade", alerta a escola.