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Trabalhadores dos serviços de apoio hospitalar em greve

Hospittal Amadora Sintra
Hospittal Amadora Sintra, Arquivo

Os trabalhadores dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) fazem hoje greve a nível nacional, reivindicando melhores salários, horários de 35 horas, a revisão do Acordo de Empresa e reforço dos quadros de pessoal, entre outras exigências.

A greve, convocada pela Fesaht - Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, contesta o "arrastar do processo negocial de revisão do Acordo de Empresa" de 2021 com a administração dos SUCH, acusada também de ter recusado a negociação de aumentos salariais em 2020.

A Federação afirma que mais de 90% dos trabalhadores dos SUCH auferem o salário mínimo nacional e que estes funcionários estiveram na linha da frente no combate à covid-19, garantindo a alimentação de médicos, enfermeiros, funcionários e doentes, assim como a limpeza de instalações ou serviços de lavandaria, manutenção e recolha de resíduos.

"Os trabalhadores viram-se confrontados neste período com regimes de 12 horas diárias, adiamento das férias, recusa de dispensa ao trabalho para assistência aos filhos, falta de pessoal e rimos de trabalho intensos, falta de equipamentos de proteção individual e coletiva, falta de testes de despistagem da convid-19, etc. O trabalho e o empenho dos trabalhadores do SUCH nesta fase difícil da vida nacional não foram minimamente valorizados pela administração do SUCH nem pelo Governo", criticou a FESAHT em comunicado.

A greve, que é acompanhada de três concentrações de trabalhadores junto a três hospitais, reivindica "aumentos salariais dignos e justos", uma redução do horário de trabalho para 35 horas semanais, a atualização do subsídio de alimentação, a criação de um regime de diuturnidades, o reforço dos quadros de pessoal, a melhoria das condições de trabalho, de instalações e equipamentos.

As concentrações acontecem em Coimbra, junto à entrada principal do Hospital da Universidade de Coimbra, pelas 10:00, a que se segue, meia hora depois, a entrega ao Conselho de Administração de uma moção com as razões que justificam a greve, uma concentração no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, pelas 10:00, e, mais cedo, pelas 08:00, no Hospital de São João, no Porto, onde decorre uma conferência de imprensa de balanço da paralisação pelas 09:00.