Relativamente ao artigo de opinião da minha autoria a que o Sr. Eng. Henrique Costa Neves se referiu, no dia 30 de março, quero desde já agradecer os comentários e o tempo que dedicou à leitura da minha reflexão, revelando que o artigo despertou interesse. Ao ler os referidos comentários fiquei surpreendida pelas afirmações categóricas sobre a abertura do caminho/estrada das Ginjas, pela administração da Circunscrição Florestal do Funchal de - não ser verdade e que no livro sobre o repovoamento florestal do Arquipélago da Madeira nada constar sobre o assunto! Fiquei surpreendida por tal afirmação porque entendo que no meu percurso de vida pessoal e profissional procuro sempre fundamentar com veracidade as minhas abordagens sobre qualquer assunto. Sem entrar em demagogias porque não acrescenta nada à reflexão e tendo em conta que o sr. Eng. possui o livro sobre o repovoamento florestal no Arquipélago da Madeira da autoria do então administrador da Circunscrição Florestal do Funchal, sr. Eng. Silvicultor Eduardo Campos Andrada, permita-me ajudá-lo na consulta deste documento histórico, determinante na compreensão dos trabalhos realizados para a recuperação do património natural, florestal, dos trabalhos de conservação da natureza na região, assim como em todo o trabalho gigantesco realizado na época, contribuindo para o desenvolvimento regional. Reconheço que não é um livro ou um documento de fácil leitura, pelo contrário, este documento para ser consultado é necessário dedicar algum tempo, ter paciência para explorar e descobrir factos que não são conhecidos por muitos. Na minha opinião caracteriza bem a personalidade marcante do sr. Eng. Campos Andrada, a sua determinação em contribuir para um novo paradigma em várias vertentes do quotidiano madeirense, é o resultado da sua visão a longo prazo, deixando um grande legado para a recuperação da Floresta da Madeira e do ordenamento do património florestal e natural do Arquipélago.

Paula Marília Figueira