Madeira

Movimento Erradicar a Pobreza apela à participação no protesto do 1 de Maio

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O núcleo regional do Movimento Erradicar a Pobreza associa-se, no próximo dia 1 de Maio, à manifestação organizada pela União dos Sindicatos da Madeira, no âmbito do Dia do Trabalhador, marcada para as 10h30.

O Movimento Erradicar a Pobreza afirma que a realidade social da região é “dramática”, com o desemprego a disparar e “salários que não garantem condições de vida digna”, aumentando o fosso entre ricos e pobres.

“Hoje a Covid-19 serve de desculpa para tudo, mas mesmo antes dela já as desigualdades se acentuavam. Segundo dados do INE, entre 2009 e 2019 os salários cresceram 13,8% e os lucros das entidades empregadoras 20,8%”, escreve o núcleo regional em comunicado. Estes números, acrescenta, são agravados pelas consequências da pandemia, um problema transversal a vários países.

“Ainda assim, a ausência da situação de catástrofe social existe porque embora com graves falhas, temos um sistema de segurança social público que minimiza as consequências da falta de rendimentos próprios, mas obviamente não basta”, diz o núcleo regional, exigindo o cumprimento “do artigo 2.º da Constituição que consagra como tarefa fundamental do Estado promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais”.

“As respostas passam também por nós, pela exigência pública do desenvolvimento da economia, pelo aumento dos postos de trabalho, por salários que permitam fazer face às despesas, por uma melhor distribuição da riqueza gerada”, salienta ainda em comunicado.

“O Movimento Erradicar a Pobreza apela a que não baixem os braços, que não se deixem confinar mentalmente, que exijam que se cumpra a Constituição da República Portuguesa, que se cumpram os objetivos enunciados pela ONU, que se caminhe no sentido da justiça social”, conclui, saudando os trabalhadores e famílias, sobretudo as que actualmente enfrentam dificuldades e apelando à participação do protesto do 1 de Maio, com encontro marcado em frente à Assembleia Legislativa da Madeira. As intervenções sindicais estão marcadas para as 11 horas junto ao Jardim Municipal.