Madeira

Chega aponta várias medidas para melhorar Saúde na Madeira

Foto Arquivo/Aspress
Foto Arquivo/Aspress

Um nota de imprensa assinada pelo militante Edgar Marques da Silva, e intitulado "Na saúde, não basta gritar 'CHEGA'!", o partido na Madeira aproveita para apontar falhas e acrescentar propostas para a sua melhoria.

"Urge uma filosofia organizacional, nos serviços públicos de saúde, que potenciam a produtividade e optimize à exaustão os recursos, sem contudo, levar à exaustão os profissionais, aliás reconhecer o mérito e a competência; a respectiva valorização salarial, potência a produtividade, do trabalho em equipa: o que se assiste são a programas e soluções avulsas, focadas única e exclusivamente numa classe profissional, e a uma avaliação do desempenho, que se dependesse de resultados em termos de produtividade, seria um deus nos acuda", começa por referir.

No texto, entende o militante que o "foco na promoção da saúde e prevenção da doença, deve ser fortemente valorizado, deve ser uma aposta do sistema, transversal, também, ao incentivo e à formação de equipas vencedoras, motivadas, organizadas e disciplinadas", augura. "Um dos maiores problemas são as listas de espera na saúde. Elas são inevitáveis. Então, o que urge fazer é uma gestão optimizada, por prioridades! Logo, então como definir prioridades?", questiona.

Sempre em texto corrido, Edgar M. da Silva frisa: ""Mas vejamos, uma espera, em que o cliente, escolhe a sua fila, e se lhe confere essa oportunidade, de ele sugerir, e aceitar, um meio, em que a espera, é mais curta, num sistema descentralizado onde os próprios utentes, procuraram o hospital, seja público ou privado, com os tempos de resposta mais baixos. Uma gestão participativa, multidisciplinar, com consulta da lista, e do seu posicionamento, que deve ser disponibilizada, online, de acordo com a lei e o regulador que determina a protecção de dados e respectiva privacidade, de modo ao utente poder participar e decidir: o médico de família não pode estar ausente desta dinâmica."

Insistindo, lembra que, "muitas vezes, e até demasiadas, o tempo de espera, é inaceitável, agrava o prognóstico, e é factor de ansiedade e desestabilização da família e do indivíduo, muitas vezes compromete, a sua produtividade no trabalho, e torna-o um peso e uma despesa para o sistema". Acredita, pois, que "o pior nesta gestão avulsa de listas, é que é os estratos sociais mais desfavorecidos e vulneráveis, da população, são fortemente penalizados, num sistema, também, onde impera um certo facilitismo, para quem gere influências sociais, de acordo, com o seu estatuto e posição".

E acredita: "Está provado que derramar financiamento no sistema não resolve. As listas de espera foram e são sempre um problema na saúde, com altos e baixos, agora fortemente agravadas com a situação de pandemia, e esta não pode servir de desculpa. Os Programas de Recuperação de listas cirúrgicas, provam que simplesmente aumentar o financiamento não é a solução, especialmente quando ainda existe uma parcela muito significativa das rubricas da despesa que se deve a ineficiências e a desperdícios. Note-se que as listas não só são cirúrgicas, quando temos utentes aguardando consultas de especialidade durante meses e anos", entende.

Edgar M. da Silva teme que "a luta é inglória quando o poder político e quem governa subfinancia, efectua cortes cegos, quando ataca a capacidade instalada, quando julga fazer reformas e apenas fragiliza a capacidade de resposta dos serviços e dos profissionais e, neste particular, podemos gritar, CHEGA".

Propõe, por isso, que "a procura de cuidados de saúde tem de fortemente ser reduzida, por aumento da capacidade de intervenção do sistema, centrando-se na promoção da saúde e na prevenção da doença, e assim, quiçá, a capacidade instalada actual ganhe outro fôlego, e tornando-se eficiente e eficaz, na resposta aos tratamentos hospitalares; e neste particular, aumentar a capacidade de resposta, com recurso a uma oferta descentralizada, com recurso a privados, não só hospitais, mas também, a profissionais integrados numa rede de prestadores em regime de contratação pública".

Mais, nesta posição do Chega-Madeira, garante que "urge também, descentralizar e desconcentrar o serviço de saúde, e chamar a participar o poder local, num sistema, que deve integrar os domicílios, e deve ser o sistema a ter o controlo absoluto sobre a saúde, um sistema, que contribua para fixar, sempre que possível, o utente no seu habitat natural, onde sempre viveu".

Por fim, conclui que "aqui também, CHEGA de altas problemáticas e de apoios a instituições que, precisamente, fazem o inverso, e onde a doença prevalece e a conquista de independências e de saúde, em termos de qualidade de vida é relegada para segundo plano e onde apenas interessa investimentos e lucros, que derivam da aplicabilidade de soluções, em nada, humanizadas. Chega de políticas, na saúde onde impera o compadrio".