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Moscovo anuncia início da produção da Sputnik V na Sérvia

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A Rússia anunciou hoje o lançamento da produção da sua principal vacina contra o covid-19 na Sérvia, o primeiro país europeu a fabricar a Sputnik V após a Rússia e a Bielorrússia.

"A Sérvia tornou-se no primeiro país da Europa do Sul a produzir a Sputnik V", indicou em comunicado o Fundo Soberano Russo (RDIF), que financiou a vacina.

Um porta-voz do Fundo, contactado pela agência noticiosa AFP, precisou que atualmente apenas a Rússia e a Bielorrússia, tradicional aliado de Moscovo, produzem a vacina na Europa.

Por sua vez, o ministro da Inovação sérvio, Nenad Popovic, anunciou na rede social Twitter que o início da produção no país está previsto para 20 de maio.

O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, deverá por sua vez visitar na quinta-feira o Instituto Torlak de Belgrado, onde está prevista a produção.

A Sérvia, que pretende aderir à União Europeia (UE) mas permanece próxima da Rússia no plano diplomático, começou no início de janeiro a sua campanha de vacinação com a Sputnik V.

"A amplitude da vacinação poderá ser aumentada consideravelmente devido ao lançamento de uma produção local", indicou em comunicado Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo russo.

Em agosto passado, o anúncio por Moscovo da Sputnik V foi de início criticada no ocidente como prematuro.

No entanto, a fiabilidade do produto foi confirmada nos meses seguintes, e atualmente está homologada em 60 países.

A sua produção continua a ser dirigida prioritariamente à população da Rússia (cerca de 147 milhões de habitantes) e até ao momento Moscovo apenas disponibilizou quantidades relativamente reduzidas ao estrangeiro, em particular devido a uma produção ainda insuficiente para atender a todos os pedidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.961.387 mortos no mundo, resultantes de mais de 137,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.931 pessoas dos 828.857 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.