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Japão, França e Reino Unido condenam acção dos militares

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Foto EPA

O Japão, a França e o Reino Unido condenam o golpe de Estado em Myanmar, antiga Birmânia, pedindo a libertação dos presos políticos.

O Exército da Birmânia prendeu hoje a chefe do governo civil birmanês, Aung San Suu Kyi, proclamando o estado de emergência e colocando no poder um grupo de generais.

De acordo com os militares responsáveis pelo golpe, a ação foi necessária para preservar a "estabilidade" do Estado birmanês.

Numa mensagem difundida pelo Facebook os autores do golpe de Estado referem que "prometem" novas eleições "livres e justas" dentro de um ano depois do fim da contingência imposta hoje.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson condenou o golpe de Estado e pediu a libertação dos civis que se encontram presos.

"Eu condeno o golpe de Estado na Birmânia e a prisão ilegal de civis, entre os quais Aung San Suu Kyi", escreveu o primeiro-ministro britânico numa mensagem transmitida pelo Twitter.

"A Assembleia Nacional deve reunir-se de novo pacificamente", acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab.

Myanmar foi uma colónia britânica entre 1824 e 1948.

A França, através de uma posição demonstrada pelo porta-voz do governo de Paris, Gabriel Attal, apelou também para "que o voto dos birmaneses seja respeitado".

"Realizaram-se eleições no passado mês de novembro, Aung San Suu Kyi foi eleita. Nessas condições nós apelamos para que o o resultado do voto dos birmaneses seja respeitado", disse Attal à estação de rádio France Info.

O porta-voz disse ainda que Paris está em contacto com os "parceiros da França nas instâncias internacionais" no sentido de discutir a situação no país.

O governo japonês pediu igualmente aos militares golpistas a libertação de Aung San Suu Kyi frisando que a democracia deve ser restabelecida no país "sem derramamento de sangue".

Através de uma nota oficial, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Tóquio exorta "o Exército Nacional a restabelecer rapidamente o sistema político democrático".

Anteriormente, a União Europeia condenou "firmemente" o golpe de Estado na Birmânia e pediu a "libertação imediata" das pessoas que se encontram detidas.

"Condeno firmemente o golpe de Estado na Birmânia e apelo aos militares no sentido da libertação de todos os que estão ilegalmente detidos em todo o país. O resultado das eleições deve ser respeitado e o processo democrático deve ser restabelecido", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, através de uma mensagem difundida pela rede social Twitter.

"O povo de Myanmar quer a democracia. A União Europeia está com o povo", frisou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell através das redes sociais.

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