Mulheres socialistas meteram o pé

Li com grande atenção a notícia que dava conta que as mulheres socialistas da Madeira querem o segundo lugar na lista de candidatos para a Assembleia da República, nas eleições que vão decorrer a 30 de janeiro do próximo ano.

As socialistas madeirenses, conhecendo o que a casa gasta, apressaram-se e reivindicaram um lugar elegível, até porque estão conscientes que o PS-Madeira, a repetirem-se os resultados das autárquicas, não irá além da eleição de dois deputados, garantindo o PSD Madeira quatro deputados.

Não admira, portanto, o rebuliço interno que reina num partido que está mais partido do que nunca e que ainda é liderado por um presidente que se demitiu e depois voltou atrás com a palavra.

As eleições internas do PS Madeira só acontecerão a 19 de fevereiro mas, até lá, estão garantidas umas boas manhãs, tardes e noites de riso, para quem assiste de fora ao fervor clubístico que chega de todos os lados. Por exemplo, do Porto Moniz, onde o presidente Emanuel Câmara está mais do que ciente de que precisará encontrar um novo cantinho para o filho, uma vez que ficará, de certeza, de fora da equação política futura.

A não ser que o presidente do Porto Moniz volte a candidatar-se, desta feita para ser barriga de aluguer de uma outra criança, que não Paulo Cafôfo, que deixou de ser querido na costa Norte. Basta lembrar que durante a campanha eleitoral para as autárquicas, Cafôfo foi até ao Seixal para ser recebido por… Duarte Caldeira, o socialista dos vinhos, cujo filho também deixou de beber em São Martinho.

Ora, perante a noção da realidade, as mulheres socialistas meteram o pé. Mas será que alguma se atreve a candidatar-se a líder do partido? Será que a paridade vai mesmo parir alguém fora da caixa? É uma hipótese que está em cima da mesa, tal como Filipe Menezes de Oliveira, o primeiro espetáculo de riso protagonizado por um PS Madeira que é cada vez mais bipolar.

Alexandra Teixeira