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Moçambique é um dos nove países africanos que entrou na quarta vaga

Foto LUÍSA NHANTUMBO/LUSA.
Foto LUÍSA NHANTUMBO/LUSA.

O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) disse hoje que Moçambique é um dos nove países que entraram na quarta vaga da pandemia desde a semana passada.

"Desde a última conferência de imprensa, nove países entraram na quarta vaga, incluindo a República Democrática do Congo, Essuatíni, Maláui, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Zâmbia e Zimbabué", disse John Nkengasong, durante o habitual encontro com a imprensa para dar conta da evolução da pandemia de covid-19 no continente africano.

Além destes 21 países que estão a passar pela quarta vaga, o diretor do Africa CDC vincou também que há cinco países africanos já a passar pela quinta vaga: Argélia, Quénia e Ilhas Maurícias.

Segundo Nkengasong, "o elemento mais preocupante atualmente é que a quarta e quinta vagas estão a acontecer mesmo antes do período festivo, quando no último ano a onda começou a seguir às festividades, e não antes, como agora".

Olhando para a evolução dos números da pandemia no continente, o diretor do Africa CDC disse que já houve 9,2 milhões de casos reportados desde o início da pandemia, que resultaram na morte de 226 mil pessoas, o que representa 4,2% do total mundial.

"Desde a última semana, foram registados 253 mil novos casos, o que representa um aumento de 21%, o número de mortes foi de 1.136, o que representa um aumento de 14% desde a semana anterior, quando foram registadas 976 mortes", apontou o responsável.

Olhando para as últimas quatro semanas, entre 22 de novembro e 19 de dezembro, houve um aumento de 82% dos novos casos, e uma subida de 3% no número de mortes, concluiu o diretor do Africa CDC.

Moçambique tem um total acumulado 1.957 óbitos e 162.525 casos, dos quais 150.517 recuperados.  

A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.