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Militares birmaneses dizem que massacre de Done Taw é "notícia falsa"

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A Junta Militar no governo em Myanmar descreveu como "notícias falsas" as informações sobre o envolvimento dos militares num massacre no noroeste do país em que alegadamente foram assassinadas 11 pessoas cujos corpos foram encontrados pela população local.

A publicação Global New Light, controlada pelos militares no poder em Myanmar, acusou os "meios de comunicação que destroem a nação" por divulgarem imagens vídeo acusando os soldados de massacre.  

"As primeiras investigações no terreno indicam que esse vídeo não está todo relacionado com as ações das Tatmadaw (nome oficial das Forças Armadas) tratando-se de uma conspiração", refere o relatório militar que não fornece detalhes sobre as mortes.  

"O vídeo circula na internet, nas redes sociais porque se trata de uma conspiração com ligações locais e internacionais", acrescenta o mesmo documento.

Várias fotografias e vídeos dos corpos encontrados na aldeia de Done Taw, região de Sagain, foram divulgadas através das redes sociais a nível global.

Meios de comunicação independentes que funcionam na clandestinidade devido às restrições e intimidações governamentais dizem que as informações sobre o massacre têm como base entrevistas a testemunhas e a residentes da zona.

De acordo com as primeiras notícias divulgadas sobre os acontecimentos tratou-se de um ato de retaliação das forças governamentais contra membros de uma unidade da Força de Defesa Popular, uma milícia armadas que confronta os soldados no poder desde o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro. 

Hoje, os militares declaram que se trata de "desinformação" promovida através das redes sociais e acusa "países", que não são identificados e que "estão empenhados" em desintegrar o "Myanmar incitando ao derramamento de sangue e à escalada do conflito".

"Deste modo, (os países) fornecem 'notícias falsas' sobre baixas entre as forças de segurança com intenção de motivar terroristas", diz o relatório dos militares publicado hoje.