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Turismo na Síria começa a recuperar lentamente

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O setor do turismo na Síria começa lentamente a recuperar após uma década de guerra, disse hoje o ministro do Turismo, citando o interesse de operadoras europeias do setor no país.

"Esperamos que 2022 seja um ano melhor para o turismo do que em anos anteriores", disse Mohammad Rami Radwan Martíni, numa conferência de imprensa em Damasco, acrescentando que o número de desembarques no país subiu desde o início do ano para 488 mil, um aumento em relação ao ano anterior, sem, no entanto, especificar os números.

Martíni não indicou de onde vieram as chegadas, mas disse que o ministério recebeu "dezenas de pedidos de operadores de turismo europeus" que desejam organizar viagens para a Síria, onde a atividade turística era importante antes da guerra que eclodiu em 2011.

Questionado à margem da conferencia de imprensa pela agência de notícias France Presse acerca de mais detalhes, Martini respondeu que aqueles pedidos chegavam de "todos os países europeus".

Pelo menos dois operadores turísticos europeus, um com sede no Reino Unido e outros na Alemanha, estão a promover viagens à Síria em 2022.

A Síria tem vários locais classificados como Património Mundial da UNESCO, incluindo Palmira e a capital Damasco, com seus tradicionais 'souks', que foi poupada pelos combates.

O ministro garantiu que "a maior parte dos pontos turísticos estão agora seguros, graças à vitória do exército".

O regime sírio reconquistou quase dois terços do país e os combates pararam na maior parte do território.

Além disso, a Síria é um destino importante para os peregrinos xiitas e continua a receber visitantes do Iraque, Irão e Líbano, mesmo durante os anos de conflito.

O regime de Bashar al-Assad é considerado proscrito pelos países ocidentais e é alvo de uma série de sanções que reduziram muito as suas relações económicas com o resto do mundo.