Carta de um indigente

Porque cada vez mais as preocupações aumentam, os alarmes soam os perigos perseguem-nos! a sociedade vive em constante ansiedade temendo tudo à sua volta. Os governantes preocupados com os números alarmantes quase 5 milhões de óbitos (no mundo) por COVID, grande parte em países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Mas infelizmente a maior pandemia deste mundo continua a ser os 24 (vinte e quatro) mil pessoas que diariamente morrem de fome, a cada 5 segundos uma delas é uma criança, num mundo que desperdiçam anualmente 1,3 MILHÕES DE TONELADAS DE ALIMENTOS. E pensar que que uma mudança radical de comportamento das sociedade poder-se-ia erradicar esta lamentável situação! Tudo isto acontece enquanto no desespero autoridades tomam medidas abruptas, por vezes quase impossíveis de se fazerem cumprir, e pensar que por culpa da irresponsabilidade dos cidadão e da sua insensibilidade. O país aguarda o desenlace dum prematuro fim duma legislatura que no meio de toda desta turbulência leva a confusão e ao pânico da cidadania. Discutem-se prioridades que nunca serão soluções para os graves problemas que o país atravessa. A saúde continuam a ser o problema grave que os sucessivos governos não encontram soluções práticas aos anseios das populações. A educação persiste em esquecer que ela começa em casa e na família, cuja sucessiva degradação é a causa duma sociedade desprovida de valores e em conflito. A segurança e a justiça espera melhores dias, pois quando os verdadeiros culpados são indultados, casos concretos de violações, crimes violentos e ou corrupção, leva-a ao total descrédito na sociedade. Quem porventura pretende apresentar um palno alternativo defendendo em por cobro a estas situações, rapidamente é rotulado de extremista ou radial e atacado pelos que defendem e promovem o actual modelo caduco dum regime que já deixa mais de 50% dos eleitores de costas viradas, (OS ABSTENCIONISTAS) esse povo que infelizmente já não acredita ser possível restaura a democracia, renovar os princípios elementares da cidadania e restituir os valores à sociedade. Será mesmo IMPOSSÍVEL devolver aos portugueses a confiança na classe política, acreditar que em democracia é possível que a justiça seja aplicada com equidade e autenticidade numa sociedade totalmente incrédula? que a saúde deixe de ser um grande negócio e humanamente seja considerada o fator elementar do verdadeiro e autentico HUMANISMO? Que a educação insira nos valores e na cidadania a importância de ser-se uma verdadeiro exemplo de seres humanos com dignidade? Não se esqueçam que a 30 de Janeira a democracia poderá dar-nos a derradeira oportunidade de escolher uma verdadeira alternativa. Se a miséria dos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas pelas instituições, é grande o nosso pescado. (Charles Darwin)

A. J. Ferreira