Madeira

Ricardo Nascimento estranha declarações de Filipe Sousa

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O presidente da AMRAM, Ricardo Nascimento, estranha as declarações proferidas pelo autarca de Santa Cruz, Filipe Sousa, sobre a AMRAM "uma vez que, como membro da Associação de Municípios, pode propor o debate de temas e assuntos nas referidas reuniões".

"A formação dos funcionários dos 11 Municípios, a formação dos dirigentes intermédios, o regulamento da protecção de dados de várias autarquias, a produção da cartografia digital em modo vetorial e o programa de esterilização e vacinação de animais errantes são projetos importantes que abrangem e beneficiam os 11 Municípios da Região. Todos ficam a ganhar. É difícil ver isso?", questionou através de um comunicado de imprensa.

Relativamente ao IRS, disse que "o processo decorre em tribunal", acrescentando que este "deu razão às autarquias, mas o Governo Regional recorreu e estão a aguardar a decisão judicial".

Quanto à questão do IVA, referiu que depois de terem tentado várias formas para solucionar o impasse, acabaram por meter uma acção em tribunal.

Já sobre as ameaças de saída, considera que "só faz falta quem está".

Disse ainda que "esta atitude do autarca de Santa Cruz coloca em causa o trabalho das pessoas e da equipa da AMRAM". "Volto a frisar que se havia assuntos para debater, deveriam ter sido propostos no local próprio, em assembleia. Agora não venha para aqui como cabeça de cartaz, em fim de mandato, colocar em causa o trabalho das pessoas", sustentou.

Segundo Ricardo Nascimento, "o que sempre houve na AMRAM foi abertura para discutir os assuntos dos municípios". "Ele teve oportunidade de se candidatar à presidência da AMRAM mas não o fez", atirou.

Ricardo Nascimento disse ainda que sai de "consciência tranquila" e que fez tudo o que estava ao seu alcance.

"Depois de ter assumido o mandato em Outubro de 2019, saio de consciência tranquila. Tenho pena de não ter resolvido a questão dos canis intermunicipais. Está feito um trabalho e é preciso continuá-lo. Tenho ainda pena de termos sido obrigados a recorrer aos tribunais para resolver a questão do IVA", acrescentou.

"Da minha parte, fiz o que estava ao meu alcance em prol da representação dos 11 Municípios nos trabalhos de parceria e estou descansado e de consciência tranquila. Sabemos que há situações que temos de continuar a trabalhar e há outras que é preciso limar algumas arestas, mas isso competirá agora a quem liderar a AMRAM", atirou.

Concluiu dizendo que apesar das limitações, "a existência da AMRAM tem sido positiva para os Municípios da RAM".