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Criar (o) futuro

Neste tempo feito de incerteza(s), e em constante mutação, torna-se ainda mais premente definir qual a nossa missão enquanto sociedade.

Julgo que o caminho tem de ser no sentido do progresso social, traduzido num desenvolvimento social inclusivo, e assumido como o rumo certo que todos almejamos para o nosso presente e futuro.

A atual crise pandémica agravou realidades estruturais e fez surgir novos desafios económicos e sociais, que temos de resolver, não só em modo emergencial, mas com visão e estratégia, para conseguirmos que as soluções encontradas produzam um impacto positivo e duradouro na vida dos cidadãos e das empresas.

E no caminho para uma sociedade genuinamente desenvolvida e, portanto, necessariamente mais coesa e socialmente responsável, todos temos um papel a desempenhar e todos devemos responder de forma (pro)ativa.

Surge, assim, a necessidade de assumirmos uma postura cívica participativa, em prol de uma mudança social transversal a toda a comunidade.

E uma verdadeira mudança, com resiliência e recuperação, nomeadamente através de mais e melhor emprego, mais e melhor habitação, melhores e mais eficazes respostas sociais, fiscais e económicas, só será plenamente alcançada se for justa e sustentável e não deixar ninguém para trás.

Esse grande desígnio de ninguém ficar desprotegido, só se alcança valorizando o exercício da cidadania.

E por falar de cidadania, palavra com origem no latim civitas (cidade), permitam-me um registo mais pessoal para falar do Funchal, manifestando a motivação e dedicação com que encaro este novo projeto profissional, na Câmara Municipal do Funchal. Irei honrar, com sentido de missão e de serviço público, o privilégio de trabalhar na e com a equipa do Dr. Pedro Calado.

Na área em que trabalharei mais diretamente, habitação e equipamentos sociais, tudo farei, juntamente com a minha equipa, para dar uma resposta social integrada para a melhoria das condições de vida e bem-estar das famílias funchalenses com vulnerabilidades sociais e económicas. Queremos contribuir para que as pessoas possam acreditar e ter esperança num futuro melhor.

Estou ciente da dimensão e exigência do desafio, mas tenho uma equipa fantástica na SocioHabitaFunchal, E.M., que, certamente, reforçará o dinamismo e empenho para que seja uma realidade crescente a satisfação do direito constitucional a uma habitação condigna.

Nada menos nos é exigido, nada menos exigimos de nós próprios.

Não falharemos esta missão.

Pelo Funchal e pelos Funchalenses.