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Director executivo dos Washington Spirit demite-se no meio de 'escândalo'

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O diretor executivo dos Washington Spirit, clube da Liga norte-americana feminina de futebol (NWSL, na sigla inglesa), demitiu-se hoje após o escândalo em torno de abuso sexual e assédio naquele campeonato.

Baldwin deixou ainda a posição de sócio gerente daquele emblema, explicando, em comunicado, que o fez após um pedido das jogadoras, além de um outro pedido feito pelo grupo oficial de adeptos, que prometeu fazer 'greve' ao apoio no estádio até que Baldwin vendesse a sua parte.

"Esta foi uma decisão extremamente difícil para mim. Fiz alguns erros, disso não há dúvida, mas o meu esforço e foco foi sempre criar uma experiência profissional para as jogadoras", declarou.

O antigo diretor explicou ainda que o presidente Ben Olsen assumiu o controlo das operações do clube, no qual o treinador Richie Burke tinha sido despedido após uma reportagem do Washington Post ter denunciado uma cultura de abuso verbal e emocional de jogadoras.

A NWSL abriu uma investigação formal e sancionou o Spirit, no meio de uma nona temporada de funcionamento marcada por vários casos de assédio sexual e outras agressões sobre jogadoras, levando à demissão da comissária, Lisa Baird, na última sexta-feira.

Já hoje, o proprietário dos Portland Thorns, Merritt Paulson, pediu desculpa às duas jogadoras envolvidas em casos de abuso sexual na equipa protagonizados pelo treinador, Paul Riley.

Riley, agora com 58 anos, viu uma reportagem no sítio especializado The Athletic expor o comportamento consistente de assédio e coerção sexual, com as jogadoras Sinead Farrelly e Mana Shim a testemunharem nesse trabalho jornalístico.

A federação norte-americana suspendeu a licença de Riley após a reportagem sair, com acusações das antigas jogadoras Sinead Farrelly e Mana Shim, com abusos que começaram em 2011 e foram continuando ao longo dos anos, no caso da primeira.

Riley terá assediado Shim nos Portland Thorns, que treinou em 2014 e 2015, numa carreira em que passou por várias equipas norte-americanas e em que foi considerado o Treinador do Ano em 2011, 2017 e 2018.

Devido ao escândalo em torno de Riley, a NWSL decidiu não disputar jogos no fim de semana passado, e a FIFA anunciou a abertura de um inquérito.