Paulo Cafôfo deixa a liderança dos socialistas para dar lugar a um novo líder e a um novo ciclo de olhos postos nas Legislativas Regionais de 2023.

Diz que o faz precisamente para poder estar fora da equação quanto a encabeçar a candidatura do PS à presidência do Governo Regional daqui por dois anos.

Puro engano. Paulo Cafôfo deu já o mote, revelando precisamente aquilo por que anseia, ainda que o negando:

- “Não é para haver uma onda de fundo que me leve seja lá onde for”.

Ora, na verdade, não só é para haver, como é estritamente necessário para justificar a sua candidatura em 2023.

E é já a repetição da receita de 2019. Rompeu o compromisso de 4 anos na Câmara do Funchal justificando-se com o apelo (a tal onda de fundo) para uma candidatura à Quinta Vigia. Portanto, este cair do pano não é mais do que uma orquestração já com cadastro.

E o cadastro Paulo, não é amigo da ambição.

Sónia Teixeira