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O PCP e o Bloco de Esquerda vão reunir os respetivos órgãos máximos entre congressos com a proposta orçamental para 2022 no centro do debate.

As conclusões da reunião da Mesa Nacional do BE serão apresentadas ainda hoje pela coordenadora do partido, Catarina Martins. Quanto ao PCP, o secretário-geral, Jerónimo de Sousa, apresentará o resultado do Comité Central, cuja ordem de trabalhos é a análise da situação política e social do país, na segunda-feira.

No sábado, fonte do BE adiantou que a Comissão Política do partido irá propor o voto contra o Orçamento do Estado para 2022, que será votado na generalidade na próxima quarta-feira, caso não haja nova aproximação do Governo.

Segundo fonte do Bloco, "o Governo não realizou qualquer nova aproximação às nove propostas do partido" na reunião de sábado entre a direção bloquista e o primeiro-ministro, António Costa.

Já na sexta-feira à noite, a Comissão Política do PS considerou que deve continuar a haver disponibilidade para aprofundar os temas que estão em cima da mesa com vista à viabilização do OE2022 pelos partidos parceiros do Governo e comprometeu-se a proceder a um aumento extraordinário das pensões até ao valor de 1.097 euros a partir de janeiro e a aumentar o mínimo de existência em 200 euros.

Entre outras medidas, no IRS, numa resposta ao PCP, o primeiro-ministro, António Costa, declarou que o executivo aceita um "aumento do mínimo de existência em 200 euros, além da atualização regular através da fórmula do Código do IRS, abrangendo mais cerca de 170 mil pessoas com isenção".

Quanto ao PCP, anunciou pela primeira vez, desde o entendimento à esquerda feito há seis anos, o voto contra na generalidade, no caso de a proposta ser votada tal como foi entregue.

Contudo, o partido tem dito ao longo das últimas semanas que ainda há possibilidade de alterar o sentido de voto, mediante cedências que respondam aos problemas do país, e referindo-se à "resistência" do Governo no acolhimento de propostas dos comunistas.

À Lusa, o líder parlamentar, João Oliveira, explicou na quinta-feira que a posição do PCP este ano foi condizente com a atitude do Governo nos momentos negociais, considerando que o executivo não demonstrou a disponibilidade de anos anteriores.

Também na quinta-feira, o editorial do jornal oficial dos comunistas, Avante!, assegurava que o "PCP não procura pretextos para votar contra o OE" mas "não prescinde é de garantir a resposta de que o país precisa para enfrentar os problemas que marcam a vida dos trabalhadores e do povo".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O escritor cabo-verdiano Germano Almeida, Prémio Camões em 2018, será o autor homenageado do 14.º Festival Literário Escritaria, em Penafiel, no distrito de Porto, que começa hoje e se prolonga até dia 31.

Em Penafiel, Germano Almeida vai apresentar o seu novo romance, intitulado "A Confissão e a Culpa", o último volume da sua Trilogia do Mindelo.

A edição deste ano do festival vai contar com a participação do ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, associando-se à homenagem a Germano Almeida.

O festival literário Escritaria de Penafiel vai contar com dezenas de atividades dedicadas ao livro, ao teatro, a exposições, música e arte de rua.

DESPORTO

O Benfica procura terminar a nona jornada da I Liga portuguesa de futebol na primeira posição, depois de ter sido provisoriamente ultrapassado por FC Porto e Sporting na véspera.

As 'águias', que têm menos dois pontos do que os rivais, visitam o Vizela, 12.º classificado, que não vence há seis encontros e empatou os últimos cinco.

Num encontro entre duas das grandes surpresas do campeonato, o Portimonense, quinto posicionado, recebe o Estoril Praia, quarto.

O Paços de Ferreira, 10.º classificado, tenta regressar aos triunfos, após quatro encontros sem vitórias, na receção ao Arouca, 17.º e penúltimo classificado, que não soma três pontos há três partidas.

SOCIEDADE

A jornada em memória das vítimas da covid-19 termina hoje com uma cerimónia em Lisboa, depois de três dias com centenas de iniciativas no país, que serviram também para homenagear os que combateram a pandemia.

Para o final da tarde está prevista a cerimónia de plantação da "Árvore da Esperança" junto ao Hospital de Santa Maria, que contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que assinala o encerramento da "Jornada Nacional Memória e Esperança".

Segundo Jorge Wemans, da comissão promotora, as iniciativas visaram homenagear as vítimas, lembrar todos os profissionais dos diversos setores, como os da saúde, que mantiveram a "sociedade viva durante os tempos de confinamento" e, sobretudo, "sublinhar a esperança num futuro melhor".

Por proposta do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o parlamento aprovou na sexta-feira, por unanimidade, um voto de solidariedade pela "Jornada Nacional Memória e Esperança" e com todos aqueles que foram afetados pela pandemia e a combateram.