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O Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) é apresentado hoje, cabendo ao ministro das Finanças, João Leão, explicar as opções do Governo.

No Orçamento, prevê-se que a economia portuguesa cresça 4,8% em este ano e 5,5% em 2022.

No documento, o Governo estima que o défice das contas públicas nacionais deverá ficar nos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e descer para os 3,2% em 2022, prevendo também que a taxa de desemprego portuguesa descerá para os 6,5% no próximo ano, "atingindo o valor mais baixo desde 2003".

Quase à mesma hora em que era entregue o documento no parlamento, numa publicação nas redes sociais Twitter e Instagram, o primeiro-ministro salientou que o Orçamento para 2022 aumenta o investimento, foca-se nos jovens e é dirigida às classes médias, prevendo menos 150 milhões de euros em IRS e atualização salarial na função pública.

Depois de entregar o documento a Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, o ministro João Leão manifestou-se confiante na aprovação do Orçamento para 2022 e manifestou abertura política para negociar com os partidos num quadro "de escolhas" e de "responsabilidade".

A conferência de imprensa de João Leão, no ministério das Finanças, em Lisboa, está prevista para as 09:00.

Os partidos de esquerda e o PAN, que viabilizaram nos últimos anos os Orçamentos do Estado dos governos do PS, de António Costa, ainda não anunciaram o seu sentido de voto.

A primeira votação do Orçamento, na generalidade, é em 27 de outubro e a votação final global está prevista para 25 de novembro.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O festival Queer Porto, que dá hoje início à sétima edição retomando a programação em sala, terá um novo prémio para distinguir o cinema queer português.

Uma das novidades desta edição é a criação do prémio designado "Casa Comum" - que se junta à competição oficial e à competição de curtas de escolas - e que vai distinguir exclusivamente o cinema queer nacional.

São nove filmes, todos eles curtas-metragens, selecionados para esta nova competição: "Errar a noite", de Flávio Gonçalves, "O berloque vermelho", de André Murraças, "Películas", de Tiago Resende, "Geografia do amor: Vol 1.", de Diego Bragà, "Naufrágio", de Sebastião Varela, "Monólogo para um monstro", de Pedro Barateiro, e "O teu nome é", de Paulo Patrício. "Tracing Utopia", de Catarina Sousa e Nick Tyson, "A mordida", de Pedro Neves Marques, já exibidos em vários festivais estrangeiros, também fazem parte da competição.

O Queer Porto abrirá com o documentário "Socks on fire", de Bo McGuire, descrito como "uma carta cinematográfica de amor à sua avó".

O Plano Nacional de Cinema vai realizar três sessões comentadas em Guimarães, Lisboa e Coimbra, já a partir de hoje.

O Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, recebe hoje a exibição de "As Armas e o Povo" (1975), que vai ser comentado por Paulo Cunha, da Universidade da Beira Interior, seguindo-se, no dia 03 de novembro, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, a "trilogia da infância" de Regina Pessoa.

A última sessão agendada para 2021 acontece a 14 de dezembro, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, com a exibição de "Tabu", de Miguel Gomes, com comentário de Ivan Villarmea, da Universidade de Coimbra.

A peça "By Heart", de Tiago Rodrigues, estreia-se hoje em Nova Iorque, na Brooklyn Academy of Music, onde ficará em cena durante toda a semana, com a derradeira récita agendada para domingo.

Em "By Heart", Tiago Rodrigues dirige o processo de aprendizagem de um poema de Shakespeare, de cor ('by heart'), que envolve dez pessoas, que nunca estiveram em contacto com a obra. Enquanto acompanha os dez voluntários, vindos do público, Tiago Rodrigues vai desfiando histórias que, de algum modo, estão associadas ao seu passado. Pouco a pouco, vão emergindo ligações improváveis entre autores, personagens comuns e programas de televisão, e o mistério da escolha do poema vai sendo também esclarecido.

"By Heart" é sobre a importância do teatro como lugar de transmissão, sobre a importância das palavras e das ideias,: "Assim que dez pessoas sabem um poema de cor, não há nada a fazer. Esse poema vai sobreviver", disse um dia o ensaísta George Steiner.

Desde 2017, "By Heart" já esteve em cena em perto de 50 palcos internacionais, somando centenas de apresentações em cidades que vão de Genebra, na Suíça, a Auckland e Adelaide, na Austrália, de Oslo, na Noruega, a Moscovo e São Petersburgo, na Rússia, de Guadalajara, no México, a Toronto, no Canadá, Princeton e Cincinnati, nos Estados Unidos, sem esquecer os diferentes palcos de França, onde se apresentou, incluindo o Festival de Outono, de Paris, e a presença em países como Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Grécia, Croácia, Chile, Uruguai e Portugal.

DESPORTO

A seleção portuguesa de futebol pode hoje recuperar a liderança do Grupo A de qualificação para o Mundial2022, tendo para isso de vencer o Luxemburgo e esperar por uma 'ajuda' do Azerbaijão na visita à líder Sérvia.

Portugal ocupa o segundo posto do grupo, com 13 pontos, menos um do que os sérvios, que no sábado bateram os luxemburgueses por 1-0 e isolaram-se na liderança, embora tenham mais um encontro disputado.

Para recuperar o primeiro lugar, a seleção nacional tem de bater o Luxemburgo, no Estádio Algarve, e esperar que, à mesma hora, o Azerbaijão 'roube' pontos à Sérvia, algo que parece pouco provável, tendo em conta que o melhor que os azeris conseguiram nesta fase de apuramento foi um empate com a República da Irlanda.

Ainda assim, Portugal continua exclusivamente a depender de si para se qualificar diretamente para o Campeonato do Mundo, sendo certo que três vitórias nos três jogos que restam será sinal de 'carimbo' no 'passaporte' para o Qatar.

Já o Luxemburgo, que tem menos um jogo, é terceiro, com seis pontos, à frente de República da Irlanda (cinco) e Azerbaijão (um).

Portugal e Luxemburgo jogam hoje a partir das 19:45, no Estádio Algarve, no antepenúltimo encontro da seleção lusa no Grupo A de qualificação para o próximo Campeonato do Mundo, que será dirigido pelo francês Benoît Bastien.

INTERNACIONAL

Os líderes do G20 debatem hoje uma estratégia comum para enfrentar a crise humanitária no Afeganistão e evitar um novo foco de terrorismo neste país, numa cimeira extraordinária convocada por Itália.

A reunião em formato virtual - a poucas semanas da cimeira final do G20, em Roma, que será presencial - foi uma iniciativa do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que conseguiu reunir os países mais ricos do mundo para discutir a situação no Afeganistão.

A intenção do Governo italiano é que a crise afegã, desencadeada pela chegada dos talibãs ao poder em agosto, possa ser discutida em profundidade para permitir que a cimeira do G20 de 29 e 30 de outubro se concentre em outras questões, como a crise climática, a pandemia de covid-19 ou a imposição de um imposto mínimo para as multinacionais.

Para este encontro, foram ainda convocados países vizinhos do Afeganistão (como o Paquistão, Irão e Qatar), bem como organizações internacionais (como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional).

PAÍS

O Tribunal de Coimbra determina hoje a sentença de um madeireiro de 37 anos acusado de matar um homem em Tentúgal, Montemor-o-Velho, em 2017, alegadamente por uma dívida de 80 euros.

O arguido, preso preventivamente, é acusado de matar um homem por uma dívida de 80 euros, num negócio entre os dois, no qual a vítima, toxicodependente, terá acordado a venda de eucaliptos num terreno que já não lhe pertencia.

Segundo a acusação, o madeireiro ter-se-á deslocado até à casa da vítima em 10 de março de 2017, acompanhado por um jovem que trabalhava consigo, e terá matado o homem com recurso a um objeto não identificado.

O Ministério Público salienta que o arguido terá tentado queimar o corpo, mas a resposta rápida dos bombeiros locais ao incêndio evitou que o cadáver fosse consumido pelas chamas.

A leitura da sentença está agendada para as 16:00.

SOCIEDADE

Dezenas de milhares de fiéis são esperados no Santuário de Fátima para a peregrinação de 12 e 13 de outubro, que deverá registar uma afluência a fazer lembrar o tempo antes da pandemia de covid-19.

Face a esta previsão, a Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Comando Territorial de Santarém, montou uma operação em Fátima, "de modo a garantir a segurança e a tranquilidade pública, o controlo e a fluidez rodoviária, bem como a prevenção criminal" no Santuário e nas áreas envolventes.

"Esta operação, que culminará com a realização das celebrações religiosas no dia 13 de outubro, conta com diversas especialidades da Guarda, nomeadamente meios do dispositivo territorial, de trânsito, da estrutura de investigação criminal, de patrulhamento ciclo e a cavalo, de ordem pública e do sistema de videovigilância", informou a GNR em comunicado.

Presididas pelo cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador da Bahia, e primaz do Brasil -- que chegou a ser convidado para presidir às cerimónias de 12 e 13 de maio de 2020, mas que devido à pandemia acabou por não se deslocar a Portugal -, as celebrações de hoje e de quarta-feira têm já inscritas 37 grupos de peregrinos de 12 nacionalidades, o que aponta para o gradual regresso à normalidade no Santuário da Cova da Iria.

De acordo com o Santuário, "serão reforçadas algumas informações aos peregrinos pelo recurso a sinalética adicional à já existente" e é recomendado "especial cuidado e prudência aos peregrinos e participantes que façam parte de um grupo de risco e que pretendam participar nas celebrações.

Tendo em conta a afluência de peregrinos em elevado número em algumas zonas específicas, reforça-se a delimitação de alguns espaços de maneira a criar perímetros de segurança e a gerir o acesso a locais suscetíveis de aglomerações". Além destas indicações, não existirão outras limitações à participação dos peregrinos, que "já poderá ser feita sem outros constrangimentos".