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Jornada em memória das vítimas arranca hoje com centenas de iniciativas

Foto Shutterstock
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A jornada em memória das vítimas da covid-19 arranca hoje com centenas de iniciativas por todo o país que se estendem até domingo, dia em que os promotores apelam a um minuto de silêncio às 14:00.

Em resposta ao desafio colocado pelo manifesto "Memória e Esperança", promovido por um grupo de 100 pessoas de várias áreas e que recebeu o apoio do Presidente da República, vão ser realizadas a partir de hoje centenas de iniciativas, sobretudo, nas escolas, mas também nas juntas de freguesia, disse à agência Lusa o jornalista Jorge Wemans, da comissão promotora da "Jornada de memória, luto, e afirmação da Esperança".

Jorge Wemans adiantou que a resposta ao desafio feito pelos promotores "superou todas as expectativas", com mais de 150 iniciativas registadas no 'site' "memoriaeesperanca.pt" pelas mais diversas entidades de todo o país, "mas serão o dobro ou o triplo", porque não era obrigatório fazer o registo das atividades.

"Acreditamos que durante estes três dias haverá de facto uma expressão pública muito interessante e nós não queremos, e não podemos esquecer o que vivemos durante a pandemia e afirmamos a esperança de que temos necessariamente que caminhar em direção a uma sociedade menos desigual, mais capaz de aproveitar as qualidades e tudo quanto constitui a força de cada um de nós", declarou.

Segundo Jorge Wemans, as iniciativas que visam fundamentalmente homenagear as vítimas, lembrar todos os profissionais dos diversos setores, como os da saúde, que mantiveram a "sociedade viva durante os tempos de confinamento" e, sobretudo, "sublinhar a esperança num futuro melhor".

Ao fim da manhã de hoje, a Assembleia da República aprova um voto de solidariedade e felicitação pela convocação desta jornada.

Na manhã de domingo, a Banda de Música da Força Aérea e a Banda de Música da Armada enchem o Rossio, em Lisboa, com música tocada em homenagem à memória das vítimas da pandemia e pela esperança num país mais justo, mais fraterno e mais marcado pela igualdade.

Às 14:00, a população é desafiada a parar e fazer um minuto de silêncio.

"Este minuto de silêncio servirá para, mais uma vez, tomarmos consciência de que temos razões para acreditar que, se uma sociedade foi capaz de se unir para vencer uma pandemia, é também capaz, de alguma forma, de ir muito mais longe para construirmos uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais solidária", sublinhou.

A cerimónia de encerramento da jornada será presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que "acompanhou de perto a iniciativa".

"Vai estar connosco no encerramento desta jornada no domingo por volta das 18:00 nos terrenos anexos ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde vamos plantar uma árvore, a que chamaremos a Arvore da Memória", salientou.

O grupo que apresentou esta proposta é composto por pessoas de várias áreas, figurando entre elas músicos, atores, escritores, médicos, políticos, jornalistas, juristas, entre outros.

A escritora Alice Vieira, o ex-ministro da Justiça Laborinho Lúcio, o psiquiatra Daniel Sampaio, o humorista Bruno Nogueira e os músicos Pedro Abrunhosa e Rui Veloso são alguns dos promotores desta jornada.