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Reino Unido liberaliza trocas com Nova Zelândia com "mira" no Indo-Pacífico

Foto EPA/ANDY RAIN
Foto EPA/ANDY RAIN

Reino Unido e Nova Zelândia estabeleceram um acordo comercial, que elimina tarifas em várias áreas e alimenta esperanças aos britânicos de entrarem na Parceria Trans-Pacífico, para expandir as suas ligações económicas afetadas pela saída da União Europeia.

O acordo foi cimentado na quarta-feira durante uma conferência telefónica entre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a sua homóloga neozelandesa, Jacinda Ardern, ao fim de 16 meses de negociações.

Apesar de o comércio com a Nova Zelândia representar apenas 0,2% das trocas internacionais britânicas, Londres espera que este acordo lhe abra a porta à qualidade de membro da Parceria Comercial Trans-Pacífico, que inclui, entre outros, Japão, Canadá e Vietname.

"Este é um grande acordo comercial para o Reino Unido, cimentando a nossa longa amizade com a Nova Zelândia e reforçando os nossos laços com o Indo-Pacífico", disse Johnson.

Arden, por seu lado, disse que o acordo está entre os melhores alguma vez conseguidos pela Nova Zelândia e vai estimular a economia, ao possibilitar mais vendas de vinho, manteiga, queijo e carne.

Os dirigentes de Londres realçaram os benefícios do acordo, que vai tornar mais baratos para os britânicos bens como vinho, mel e o kiwi.

Mas os agricultores britânicos já exprimiram a sua inquietação, dizendo que este acordo, juntamente com outro assinado com a Austrália já este ano, vai significar quantidades maiores de comida importada, no momento em que muitos agricultores britânicos já estão a sofrer com a escassez de mão-de-obra e a subida dos custos.

"Isto pode comprometer a viabilidade de muitos agricultores britânicos nos próximos anos, em detrimento da população, que quer mais produtos britânicos nas prateleiras, e das nossas comunidades rurais e das paisagens cuidadas", disse a presidente da União dos Agricultores britânicos, Minette Batters.

O governo conservador de Johnson tem procurado negociar acordos comerciais com vários países, para procurar estimular o crescimento económico pós-Brexit.