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Brasil regista 506 mortes em 24 horas e ultrapassa 597 mil óbitos

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Foto EPA

O Brasil ultrapassou hoje a barreira de 597 mil óbitos (597.255) devido à covid-19, após ter contabilizado 506 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde brasileiro.

Face ao número de contágios, o país contabilizou 18.578 entre quinta-feira e hoje, um total de 21.445.651 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil no final de fevereiro do ano passado.

Contudo, os números hoje divulgados são parciais, uma vez que o Estado de Rondônia não conseguiu comunicar atempadamente os registos da doença das últimas 24 horas devido a problemas técnicos, situação que vem sendo recorrente nas últimas semanas.

De acordo com o portal de notícias G1, uma mudança no sistema de base de dados do Ministério da Saúde feita há três semanas ainda causa problemas nos registos da doença em pelo menos 10 Estados do país e fez as médias de óbitos e infeções oscilar nos últimos dias.

Segundo o boletim epidemiológico, a taxa de incidência da doença em território brasileiro permanece hoje em 284 mortes por 100 mil habitantes e taxa de casos é de 10.205, num momento em que os indicadores da pandemia estão em queda no país.

Em números absolutos, o Brasil, com 213 milhões de habitantes, é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, antecedido pelos Estados Unidos e pela Índia.

Ainda de acordo com o Governo, 146,5 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 90,8 milhões completaram o esquema vacinal.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação médica da América Latina e vinculado ao Governo brasileiro, divulgou hoje um novo boletim em que recomenda a adoção do certificado de vacinação em todo o país, medida que é rejeitada pelo Governo de Jair Bolsonaro.

A fundação afirma que o documento pode tornar-se numa estratégia para estimular a vacinação no Brasil.

Segundo os investigadores da Fiocruz, "o avanço da vacinação vem contribuindo para um cenário de melhoria da pandemia no país, com redução nos números absolutos de internações (-27,7%) e óbitos (-42,6%)".

Nesse contexto, a Fundação reforçou que o certificado de vacinação "é central na tentativa de controlo de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de indivíduos para reduzir a transmissão da Covid-19".

A cidade do Rio de Janeiro começou a exigir a 15 de setembro um certificado de vacinação contra a covid-19 aos 'cariocas' e turistas para entrarem em pontos turísticos como o Cristo Redentor e em espaços públicos como cinemas, teatros, estádios, ginásios, piscinas, centros de treino, clubes, vilas olímpicas, circos, salas de concerto, museus, feiras, galerias e parques.

Por pressão dos empresários, a obrigação não foi estendida a restaurantes, bares, supermercados, lojas e 'shoppings', que terão que respeitar outras medidas preventivas, como restringir o número de pessoas, distanciamento e exigir o uso de uma máscara.

A covid-19 provocou pelo menos 4.780.108 mortes em todo o mundo, entre 233,72 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.