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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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A vacinação contra a gripe arranca hoje em Portugal, mais cedo do que o habitual devido à pandemia de covid-19, havendo 2,24 milhões de vacinas para serem distribuídas gratuitamente a grupos de risco pelo Serviço Nacional de Saúde.

Hoje inicia-se a primeira fase da vacinação gratuita destinada a residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados e profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e também as grávidas, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Na segunda fase, serão integrados os outros grupos-alvo abrangidos pela vacinação gratuita, destacando-se pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e pessoas portadoras de doenças ou outras condições previstas na norma da vacinação contra a gripe 2021/22.

Para esta época gripal (2021/2022), haverá 2,24 milhões de doses de vacinas contra a gripe, mais cerca de 146.000 doses face à época gripal 2020/2021, o que representa um aumento de 7%, de acordo com a DGS.

Na sexta-feira, a 'task force' que coordena a vacinação contra a covid-19 informou que os centros onde são administradas as vacinas anticovid iriam "em breve" ser empenhados na vacinação da gripe.

Em Portugal, a vacina é gratuita para cidadãos a partir dos 65 anos, para residentes e internados em instituições, mas também para um grupo de pessoas com doenças específicas, profissionais de saúde do SNS e para os bombeiros.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A Fundação Leal Rios, de Lisboa, vai assinar, hoje, um acordo de depósito de 287 obras de artistas nacionais e estrangeiros da sua coleção com a Fundação de Serralves, no Porto.

O contrato de comodato que será assinado entre as duas entidades prevê ainda a doação, à Fundação de Serralves, de quatro obras dos artistas Nicolas Milhé Meurtriére, Benoît-Marie Moriceau, Vasco Araújo e Francisco Tropa.

Entre os artistas portugueses representados na coleção encontra-se um importante núcleo de Helena Almeida (1934-2018), pioneira na arte fotográfica e conceptual portuguesa, mas também outros autores, como Lourdes Castro (nascida em 1930), Julião Sarmento (1948-2021) e ainda artistas emergentes, nascidos na década de 1980, como Joana Escoval e André Romão.

A coleção inclui também núcleos de obras de artistas estrangeiros como Erwin Wurm, Matt Mullican, Cristina Iglesias, Muhau Modisakeng, Lawrence Weiner, Jorinde Voigt, Joël Andrianomearisoa, Becky Beasley ou Tristan Perich.

DESPORTO

A seleção portuguesa de futsal procura hoje chegar às meias-finais do Mundial e, pelo menos, igualar o quarto lugar da última edição, tendo pela frente a Espanha, na reedição da final do último Europeu, conquistado pelos lusos.

Depois de sofrer para vencer a Sérvia nos oitavos de final, por 4-3, no prolongamento, Portugal terá a árdua missão de ultrapassar a congénere espanhola, que já conquistou por duas ocasiões o Mundial de futsal, em 2000 (Guatemala) e 2004 (Taipé Chinesa).

O histórico de confrontos entre as duas seleções é amplamente favorável à formação espanhola, que, em 29 encontros, venceu 23, empatou quatro e concedeu apenas dois triunfos à equipa das 'quinas', que, contudo, tem uma das vitórias mais 'saborosas', no jogo decisivo do Europeu de 2018, realizado na Eslovénia, por 3-2, após tempo extra.

O duelo ibérico dos quartos de final do Mundial de futsal está agendado para as 17:30 (15:30 em Lisboa), na Vilnius Arena, com arbitragem de Mohamed Hassan (Egito) e de Khalid Hnich (Marrocos). O vencedor defronta, nas meias-finais, Irão ou Cazaquistão.

O Estoril Praia tenta manter-se a um ponto do pódio da I Liga portuguesa de futebol, na visita ao Boavista, no encontro que encerra a sétima jornada.

Grande surpresa do início da temporada, os 'canarinhos' ainda só têm uma derrota e, com menos um jogo, estão a oito pontos do líder Benfica e a quarto de FC Porto e Sporting, enquanto o Boavista chega a esta partida após três jogos sem vencer.

No outro encontro do dia, o lanterna-vermelha Belenenses SAD tenta somar a primeira vitória na prova, na visita ao Paços de Ferreira, sem derrotas nos últimos três jogos.

ECONOMIA

A Autoeuropa volta a parar a produção a partir de hoje e até 04 de outubro devido à "continuidade de escassez de componentes", segundo uma nota da empresa de Palmela aos trabalhadores.

De acordo com a informação enviada aos trabalhadores na terça-feira, a que a Lusa teve acesso, "o arranque da produção está planeado para o dia 06 de outubro (quarta-feira), às 00:00", ou seja, depois do feriado do dia 05.

O anúncio desta nova paragem foi feito no dia em que a Autoeuropa retomou a produção, após uma paragem de três dias devido à falta de semicondutores.

Segundo a fábrica do grupo alemão Volkswagen, a "alteração ao calendário de produção está relacionada com a continuidade da escassez de componentes", sendo o regime compensatório aos funcionários o mesmo da paragem anterior.

A Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulga hoje a síntese de execução orçamental até agosto, depois de ter registado um défice de 6.840 milhões de euros (ME) até julho, o que representou uma melhoria em termos homólogos.

De janeiro a julho, o défice das Administrações Públicas "ascendeu a 6.840 ME em contabilidade pública, representando uma melhoria de 1.631 milhões de euros face ao período homólogo", anunciou em agosto o Ministério das Finanças no comunicado que habitualmente antecede a divulgação dos dados da execução orçamental.

A "reabertura da atividade económica tem efeito positivo na melhoria do défice", sublinhou então o gabinete liderado pelo ministro João Leão.

De acordo com o ministério, o desagravamento do défice até julho resultou do acréscimo de 8% da receita, explicado por três efeitos: por um lado, a retoma da atividade económica devido ao desconfinamento, por outro, ao efeito base associado ao 2.º trimestre de 2020 e ainda aos efeitos temporários em consequência do diferimento do pagamento de impostos.

A despesa primária cresceu 5,4%, refletindo as medidas extraordinárias de apoio à economia.

As novas regras para acelerar o leilão de 5G, que dura há mais de oito meses, entram hoje em vigor e inibem a utilização dos incrementos de 1% e 3%, determinando que os operadores licitem com aumentos mínimos de 5%.

Na sexta-feira, as propostas dos operadores no leilão totalizaram 371,4 milhões de euros, no 179.º dia de licitação principal.

Na União Europeia, Portugal e a Lituânia são os únicos países sem ofertas comerciais de 5G.

O leilão do 5G e outras faixas relevantes começou em novembro de 2020, primeiro com uma fase para os novos entrantes e, desde 14 de janeiro, está em curso a licitação principal, durante a qual "o incremento de 1% tem sido amplamente utilizado (embora estivesse prevista a utilização de incrementos de 1%, 3%, 5%, 10%, 15% e 20%), o que se traduziu numa evolução do preço dos lotes muito lenta, sem ganhos evidentes no que à descoberta do preço diz respeito, protelando a conclusão desta fase de licitação" e o fim do processo, salientou a Anacom em 17 de setembro, aquando da aprovação da alteração do regulamento.

"Este prolongamento excessivo do leilão é fortemente lesivo dos interesses nacionais, razão pela qual a Anacom aprovou esta alteração às regras do leilão para permitir acelerar o processo, mantendo os licitantes flexibilidade na determinação do preço, dado que terão sempre disponíveis os incrementos de 5%, 10%, 15% e 20%", acrescentou então o regulador

SOCIEDADE

O novo Centro do Cancro do Pâncreas Botton-Champalimaud é hoje inaugurado em Lisboa, numa estrutura única a nível mundial que ambiciona mudar a forma de combater um dos tumores mais letais da atualidade.

O projeto resulta da união da Fundação Champalimaud e do casal espanhol Maurizio e Charlotte Botton (família proprietária da marca Danone), que contribuiu com 50 milhões de euros. Perante o acentuado crescimento a nível mundial deste tipo de cancro, a unidade hoje apresentada aposta em simultâneo na investigação e na intervenção clínica.

Para responder ao desafio, o centro tem três blocos operatórios com tecnologia avançada e capacidade para 10 doentes por dia, 25 quartos de internamento e 15 de cuidados intensivos, 200 investigadores, parcerias internacionais na área da imunoterapia e ainda dois laboratórios: um de ciência básica e outro de manipulação celular.

O cancro do pâncreas é já a quarta causa de morte por cancro na Europa e estima-se que para as próximas duas décadas o número de novos casos possa aumentar em mais de 70%. Em Portugal representa 2,8% de todos os tipos de cancro, registando-se anualmente cerca de 1.700 novos casos.

A cerimónia de inauguração do novo centro médico na Fundação Champalimaud está agendada para as 15:00 e vai contar com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e dos reis de Espanha, Felipe VI e Letizia Ortiz.