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'Tino' diz que portugueses deram "lambada de luva branca" a quem tinha interesse na abstenção

Foto MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA
Foto MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA

O candidato presidencial Vitorino Silva considerou hoje que "o povo demonstrou que está atento" e deu uma "lambada de luva branca" a quem tinha interesse em taxas de abstenção altas.

"O povo demonstrou que está atento, o povo quer falar e desabafou. (...) Estou muito orgulhoso e foi uma lambada de luva branca para aqueles politólogos que têm interesse em muita abstenção", considerou o candidato apoiado pelo partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) em declarações à Lusa.

Vitorino Silva, mais conhecido por 'Tino de Rans', está a acompanhar os primeiros resultados numa garagem a escassos metros da sua casa, em Rans, Penafiel, e foi lá que viu as projeções das televisões que apontam para uma abstenção nas presidenciais entre 50% e 60%.

"Contrariamente ao que estavam passar imagem, a dizer que ia haver uma abstenção de 70% e 75%, nós temos que ter muito cuidado em quem fala na televisão porque há muito interesse em muita gente para que haja muita abstenção", adiantou ainda o candidato.

"Foram enganados e ainda bem. E fiquei muito contente em haver estes resultados, o povo foi votar", rematou.

Tino lamentou apenas que "milhares" de idosos e de emigrantes tenham sido impedidos de votar, por várias razões, nomeadamente a pandemia da covid-19.

A taxa de abstenção nas eleições presidenciais de hoje deverá ficar entre os 50 por cento e os 60 por cento, de acordo com as previsões avançadas às 19:00 pelas televisões.

A sondagem da Universidade Católica para a RTP dá uma taxa de abstenção entre os 50% e os 55%, enquanto a projeção da TVI antecipa uma taxa de abstenção entre os 54,5% e os 58,5%.

As previsões do ISCTE-ICS para a SIC apontam para um intervalo entre os 56% e os 60% e a projeção da CMTV antecipa números entre os 54% a 58%.

Para a décima eleição do Presidente da República, desde a instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que no sufrágio anterior, em 2016.

Foram sete os candidatos ao Palácio de Belém: Além do atual Presidente e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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