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Detidos 16 funcionários do porto de Beirute

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Pelo menos 16 funcionários do porto de Beirute e das autoridades aduaneiras foram detidos no quadro da investigação às explosões mortíferas e devastadoras de terça-feira num entreposto que armazenava nitrato de amónio, indicou hoje um procurador militar.

Num comunicado, Fadi Akiki, indicou que os detidos são responsáveis do conselho de administração do porto de Beirute e da administração das alfândegas, bem como dos trabalhadores de manutenção e vários funcionários que trabalharam no Hangar 12.

Era no hangar 12 do porto de Beirute que estavam armazenadas 2.750 toneladas de nitrato de amónio, precisou o procurador, comissário governamental no Tribunal Militar.

Akiki sublinhou que a investigação ao acidente começou pouco depois das explosões ocorrerem e garantiu que vai continuar a averiguar todos os que possam ser suspeitos.

Na quarta-feira, o Governo libanês exigiu a prisão domiciliária de um número indeterminado de responsáveis do porto de Beirute enquanto decorrer a investigação que procura determinar como as toneladas de nitrato de amónio puderam estar armazenadas durante anos.

A exigência do Governo libanês surgiu numa altura em que começaram a surgir relatos de "negligência", o que permitiu a explosão que matou pelos menos 137 pessoas e feriu cerca de 5.000.

Estima-se que cerca de 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.

O Governo libanês decretou o estado de emergência por duas semanas em Beirute, tendo nomeado um "supremo poder militar" para garantir a segurança na capital do país.

As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.

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