Foi (é) Natal outra vez

Esta quadra festiva empurra-nos para os reencontros, para os abraços e beijos (que hoje não podemos dar) que serenam a nossa saudade e para lugares de memória da nossa infância e de juventude...

Chegou mais um Natal e com ele emergiu nas redes sociais, sobretudo, a habitual troca de cumprimentos e afectos (muitos duvidosos) e proliferam as palavras de circunstância. Porém, o verdadeiro significado do Natal ficará sempre por cumprir enquanto houver famílias sem tecto, crianças com fome e sem afectos e gente sem condições mínimas de paz, justiça e dignidade. Nunca acontecerá Natal se continuarmos a olhar para longe, sem ver o que está ao nosso lado. Estamos num mundo difícil mas isso, por si só, seria motivo bastante para arrepiar caminho e mudar nossos rumos. Logo que passa a euforia da Festa voltamos ao egoísmo do vazio...

Seria expectável que, postos à prova, perante tantas tribulações que viraram a nossa vida do avesso, nos tornássemos um pouco mais humildes e melhores seres humanos. Não é isso que depreendemos do turbilhão de notícias que ouvimos à nossa volta e que nos chegam de todos os cantos do mundo. Pelo contrário. Parece que a humanidade aprendeu muito pouco, ou nada, neste ano de má memória que está prestes a terminar.

Natal 2020 terá sido só mais um Natal???

A magia do Natal tem de trazer a solidariedade para todos os homens e mulheres de boa vontade.

“Chorei quando não tinha sapatos mas parei de chorar quando vi alguém sem pernas” [Shakespeare]

Que isto faça algum sentido na nossa vida, sobretudo na de quem tem nas mãos o poder de operar mudanças favoráveis.

Continuação de Boas Festas

Madalena Castro

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