O CDS Câmara de Lobos justifica abstenção na votação do Orçamento e Plano municipais para 2021, "porque estes não espelham a realidade em que vivemos".

Em comunicado de imprensa, após a reunião da Assembleia Municipal, ocorrida esta manhã, via videoconferência, o deputado centrista Maurício Rodrigues, afirmou que "se estivéssemos num ano, dito normal, este seria um bom orçamento", mas lembra que  2020 "não tem sido um ano normal" e que "não sabemos quanto tempo irá demorar para a vacina ser distribuída e administrada, nem tão pouco sabemos quanto tempo irá demorar para que haja a retoma económica".

Face ao exposto, Maurício Rodrigues mostra-se preocupado com a falta de medidas previstas no Orçamento Municipal para responder ao desemprego em Câmara de Lobos, que diz estar "a subir para níveis preocupantes".

"O que esperávamos era que a autarquia seguisse os passos do Governo Regional e aplica-se esforços para minimizar os efeitos da crise económica, provocada pela pandemia", vinca.

O CDS considera também que este Orçamento "ignora, quase por completo, quem sempre contribuiu para a riqueza do município, cumprindo com os seus impostos (IMI, IRS e IUC)".

Os centristas esperavam ainda "um maior reforço para as áreas sociais e baixa de impostos",  ao invés de "uma baixa das verbas para as funções sociais de 131 mil euros, de 2020 para 2021".

 "Este orçamento para 2021 não é nada mais que um orçamento para um ano de eleições autárquicas e não responde às necessidades atuais do concelho e dos seus munícipes", remata.