Madeira

"A comunicação desempenha um papel muito importante em situações de excepção"

Pedro Ramos teme o risco de os responsáveis pela resposta sejam atingidos e comprometam a resposta a pandemia

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Na última conferência ‘Pensar o Futuro’, a decorrer no Hotel Savoy Palace, no Funchal, Pedro Ramos, secretário regional da Saúde e Protecção Civil, foi o primeiro orador, fazendo o enquadramento do Sistema Regional de Saúde e em particular a resposta perante a pandemia da Covid-19.

Começou por enaltecer o crescimento exponencialmente registado nestes 44 anos do Serviço Regional de Saúde. Lembrou que os cuidados de saúde primários na Região “aproxima-se dos 70%” e mantém o compromisso de cobrir a 100% até final da actual legislatura”. Relativamente ao Programa Regional de Vacinação, fez saber que a cobertura é de 97%.

Relativamente ao Hospital Central do Funchal, agora baptizado com o nome de Dr. Nélio Menonça, “o pai do Serviço Regional de Saúde”, Pedro Ramos garante que “dá resposta tudo o que são situações agudas” e “acompanha cada vez mais as doenças crónicas”. Hospital Dr. Nélio Mendonça que no início deste ano “é colocado à prova” com o novo coronavírus. “Apesar de ter uma boa resposta nos serviços secundários”, Pedro Ramos considera “expectável” a evolução da pandemia na RAM.

Madeira, vai ficar tudo bem?

Última conferência do ciclo 'Pensar o futuro' começa às 15h de hoje

Ricardo Miguel Oliveira , 17 Novembro 2020 - 08:43

Assegura que “continuamos a ter transmissão local”, considerando também normal que actualmente os casos de transmissão local seja superior aos casos importados.

O secretário com a tutela da Saúde lembrou de resto que “a Saúde é um processo dinâmico”, lembrando “as situações de excepção” ocorridas na última década. Contudo, na actual situação da pandemia, Pedro Ramos adverte que “os responsáveis pela resposta podem ser atingidos e comprometer essa resposta”. Neste particular avisa que a infecção dos profissionais de saúde tem preocupação acrescida porque poderá comprometer a morbilidade e a mortalidade.

Pedro Ramos reconheceu que “a comunicação desempenha um papel muito importante em situações de excepção”, como é a actualidade.

Garantiu que as atitudes e decisões tomadas pelo IASaúde foram influenciadas por aquilo que já estava a acontecer no mundo inteiro, e neste particular, destacou a importância da máscara de protecção, “medida implementada em todo o mundo” por ser “uma das medidas básicas de protecção”. Considerou ainda que a “cura está relacionada com o tempo e, muitas vezes, também com as circunstâncias”. Afirmou por isso que “nós é que somos a vacina” numa alusão ao comportamento perante a pendemia.

Aproveitou para esclarecer que “não há nenhum foco de infecção nas escolas da Madeira”, já que todos os casos identificados em meio escolar resultam de ‘transmissão familiar’.

Na primeira intervenção do debate ‘Pensar o Futuro’, reconhece que já foi investido muito dinheiro e garantiu que vão chegar em breve à Madeira 50 mil testes rápidos e no caso da gripe sazonal, estão já vacinados 40 mil madeirenses.

Pedro Ramos terminou a intervenção com a convicção que “neste momento o tratamento é responsabilidade de todos nós”.

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