Madeira

Ana Cristina Monteiro diz que emigrantes lesados do BES continuam esquecidos

Deputada do CDS diz que banca já recebeu 3 mil milhões de euros do Fundo Europeu

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A deputada na Assembleia Legislativa da Madeira, Ana Cristina Monteiro, lembrou que em 2017 para os lesados dos BES a nível nacional foram encontradas soluções  - que passavam pela criação de um fundo de recuperação de créditos que visava a recuperação de 75% dos investimentos dos lesados do BES a nível nacional - ao passo que os 2 mil emigrantes lesados pelo mesmo banco ficaram esquecidos.

A deputada do CDS falava durante uma conferência de imprensa sobre o assunto, onde afirmou: "Estes emigrantes têm vindo a enviar comunicações, e mails ao Governo da República, com o intuito de agendar reuniões e, até à data, não obtiveram qualquer resposta. Quando, ao mesmo tempo, vemos o Governo da República a injetar dinheiro nos bancos desde 2017 e, estamos a falar mais concretamente de 3 mil milhões de euros, enquanto os lesados dos bancos continuam à espera de respostas e sem quaisquer soluções".

Ana Cristina Monteiro referiu ainda que 2 mil emigrantes investiram na banca portuguesa no Brasil, Venezuela ou Suíça: "Estamos a falar de investimentos que rondam os 4 milhões de euros. E estes lesados pretendem apenas que o Governo da República encontre uma solução similar àquela que foi encontrada aos lesados do BES nacional e possam assim ver devolvidas as suas poupanças. E este é um direito que eles têm. O direito de receberem um tratamento igual aos outros grupos de lesados. O direito de reaver o que é seu. As poupanças de uma vida". 

A centrista disse ainda que o grupo parlamentar do CDS  lançou, em Setembro, um debate na Assembleia Legislativa da Madeira sobre estes casos e que na próxima semana vai apresentar um Projecto de Resolução em que recomendam ao Governo da República "a garantia do direito destes emigrantes lesados do BES receberem o mesmo tratamento que os lesados nacionais. E, também, que constituam o fundo de recuperação de créditos para que os mesmos possam reaver as suas poupanças". 

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