Madeira

Representante dos advogados madeirenses “atónita” com "aura de impunidade" dos corruptos

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

A presidente do Conselho Regional da Madeira da Ordem dos Advogados, Paula Margarido, defendeu, esta manhã, um combate mais eficaz contra a corrupção e o branqueamento de capitais, manifestando-se preocupada com as consequências destes fenómenos criminais no enfraquecimento da Democracia e no aumento do fosso entre ricos e pobres.

Falando nas jornadas sobre ‘Branqueamento de Capitais’ que decorrem no Centro de Congressos da Madeira, Paula Margarido afirmou: “Fico atónita com o que vamos vendo por aí, em que o desejo do lucro, do engrandecimento e do poder suscitam a criação de complexas redes organizacionais que tendo por fim a triplicação do lucro vão apostando na corrupção que lhes permite ganhar uma aura de impunidade, corroendo as entranhas da democracia e aumentando o fosso entre os que muito têm e aqueles que arduamente trabalham e que tão pouco têm”. A representante da Ordem dos Advogados justificou ainda a necessidade de um amplo debate público sobre esta matéria: “Branqueamento de capitais, esse ‘money laundering, que procura dissimular a origem criminosa de bens ou produtos, procurando dar-lhes uma aparência legal, introduzindo-os no sistema económico-financeiro que tem conhecido várias configurações de excessiva complexidade técnica que poderão justificar ou não a necessidade de ultrapassar barreiras impostas pelos meios judiciários para que o combate se torne mais profícuo, mais eficaz”.

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