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Cabo Verde pede a estudantes na China para seguirem “escrupulosamente” indicações

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O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, apelou hoje aos estudantes cabo-verdianos na China para seguirem “escrupulosamente as indicações das autoridades sanitárias”, face ao risco que representa o coronavírus.

De acordo com a mensagem divulgada pelo chefe de Estado, Jorge Carlos Fonseca falou com a embaixadora de Cabo Verde na China, Tânia Romualdo, contacto que serviu para fazer um ponto de situação sobre os efeitos do vírus que atinge várias regiões daquele país asiático.

“E, nomeadamente, sobre a situação dos nossos estudantes”, descreveu Jorge Carlos Fonseca, aludindo aos 350 cabo-verdianos que estudam na China.

O Presidente garantiu que a situação está a ser acompanhada pela embaixada, não havendo notícia até ao momento de qualquer caso que afete a comunidade cabo-verdiana.

“Mas é preciso estar atento e seguir escrupulosamente as indicações das autoridades sanitárias”, afirmou Jorge Carlos Fonseca.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, afirmou que a embaixada do país na China está a aconselhar os seus estudantes a ficar em casa e a evitar viagens, por causa do risco de transmissão do coronavírus.

“Estamos a passar informação através da embaixada aos estudantes, para ficarem em casa, para evitarem viagens da região onde estão para outras regiões chinesas, mas também viagens internacionais”, avançou.

O novo vírus, que causa pneumonias, foi detetado na China no final de 2019 e já provocou a morte a pelo menos 26 pessoas.

Os dois primeiros casos de coronavírus na Europa foram hoje confirmados em França, anunciou a ministra da Saúde francesa, Agnes Buzyn.

De acordo com a governante, as duas pessoas infetadas com o coronavírus estiveram na China.

Um dos infetados é um homem, de 48 anos, que passou por Wuhan, epicentro do surto de coronavírus, na China, antes de viajar para França, na quarta-feira. Este caso está a ser seguido num hospital em Bordéus.

No território continental chinês há registo de mais de 800 pessoas infetadas e cerca de 1.000 casos suspeitos, tendo sido detetados outros casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas --- Wuhan, e as vizinhas Huanggang e Ezhou.

Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde, reunido terça e quarta-feira, em Genebra, na Suíça, optou por não declarar emergência de saúde pública internacional, receando que seja demasiado cedo, embora reconheça que há esse risco.