Empresas públicas da Madeira com resultado positivo em 7,25 milhões de euros
No final de Junho, o SERAM era composto por 24 empresas, participadas directa e
O Sector Empresarial da Madeira (SERAM) teve um resultado líquido agregado positivo de 7.249 milhares de euros (quase 7,25 milhões de euros) no final de Junho de 2019, tendo aumentado 47% face a igual período do ano passado (2.935 milhares de euros).
Segundo o relatório timestral do SERAM, estes resultados são explicados “por um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 88.129 milhares de euros, que abatido dos gastos de depreciações e amortizações e das imparidades de 64.714 milhares de euros, originou um EBIT (lucro antes de encargos financeiros - pagamento de juros - e impostos) de 23.416 milhares de euros, acrescido de um resultado financeiro negativo de 7.643 milhares de euros e da dedução do imposto sobre o rendimento do período de 8.524 milhares de euros”, explica.
Composto por 24 empresas, participadas directa e indirectamente pela RAM, ainda que “para efeitos de análise trimestral, são consideradas relevantes 19 empresas, 16 empresas públicas regionais e 3 empresas participadas regionais”, frisa. “O acréscimo de 1.969 milhares de euros no EBITDA, face ao período homólogo do ano anterior, é essencialmente explicado pelo desempenho das empresas participadas regionais (ViaLitoral, ViaExpresso e SDM), que aumentaram o EBITDA em cerca de 6.912 milhares de euros face à quebra registada nas empresas públicas de cerca de 4.943 milhares de euros)”, destaca o documento elaorado e divulgado esta tarde pela Vice-Presidência.
Refira-se que “as empresas participadas regionais aumentaram o EBIT em cerca de 9.465 milhares de euros, enquanto que as empresas públicas regionais registaram uma quebra no EBIT de cerca 8.450 milhares de euros”, significando ainda que “as empresas participadas regionais aumentaram o resultado financeiro em cerca de 475 milhares de euros. As empresas públicas regionais melhoraram o seu resultado financeiro em cerca de 4.432 milhares de euros”.
Em resumo, explica a Vice-Presidência, “a melhoria do resultado líquido do SERAM é explicado pela melhoria do desempenho operacional das empresas participadas regionais e penalizado pela quebra de desempenho operacional das empresas públicas regionais e pelos desempenhos positivos da função financeira, quer das empresas públicas regionais, quer das empresas participadas regionais, sendo de realçar que a quebra do resultado líquido do período das empresas públicas regionais, foi atenuada pela melhoria ocorrida na sua função financeira, cujo desempenho, não foi suficiente para superar a quebra do desempenho operacional”.
Quem teve melhor resultado e quem teve menor
Na análise destaque para os altos e baixos, ou seja, as que tiveram “os maiores acréscimos no EBITDA, face ao período homólogo”. E aqui destaca-se a ViaExpresso (+5.624 milhares de euros), a Empresa de Electricidade da Madeira (+2.884 milhares de euros) e a ARM (2.144 milhares de euros), duas empresas públicas regionais e uma empresa participada regional”.
No lado negativo, “os maiores decréscimos no EBITDA, face ao período homólogo, ocorreram no SESARAM (-6.108 milhares de euros), na APRAM (-2.642 milhares de euros), e na GESBA (-2.402 milhares de euros), todas empresas públicas regionais”.
Assim, “num universo de 19 empresas, 12 (63%) registaram acréscimos no EBITDA, quando comparado com o período homólogo do ano anterior e as restantes 7 (37%) registaram decréscimos. No mesmo universo, 9 empresas (47%) registaram lucros e as restantes 10 (53%) registaram prejuízos”.
Noutra perspectiva, “a rubrica mais significativa dos principais rendimentos operacionais é o volume de negócios. Das 19 empresas relevantes para as análises trimestrais, 11 (58%) empresas viram o seu volume de negócios aumentar face ao período homólogo do ano anterior (ARM, EEM, PATRIRAM, MT, SDPO, SDNM, SDPS, SMD, START UP, ViaExpresso e ViaLitoral) e as restantes 8 (42%) empresas baixaram o seu volume de negócios comparativamente a 31 de Março de 2018 (APRAM, CARAM, GESBA, HF, IHM, MPE, SESARAM e SDM). Nesta rubrica, em destaque, temos o acréscimo de cerca de 10.931 milhares de euros, face ao período homólogo do ano anterior, ocorrido na EEM. Nos aumentos, contabilizamos 9 empresas públicas regionais e 2 empresas participadas regionais. Nos decréscimos, 7 empresas são empresas públicas regionais e 1 empresa participada regional”.
O relatório completo é composto por 50 páginas e foi elaborado no final de Agosto, sendo divulgado neste primeiro dia útil de Setembro.