Madeira

Árvores do Funchal terão novos chips digitais com histórico de manutenção

None

O Departamento de Ciências e Recursos Naturais da Câmara Municipal do Funchal já começou a implantar o que considera ser uma “prática inovadora” no concelho: um sistema com vista à gestão do património arbóreo do concelho, que contempla a implantação de chips em todas as árvores situadas nos jardins e espaços públicos do Município.

A notícia foi revelada pelo DIÁRIO, a 5 de Agosto, e agora tornada pública pela Autraquia do Funchal que fala num “trabalho único a nível regional” que pretende transformar a forma como é feita a análise, monitorização e manutenção destas espécies. O novo sistema inclui uma base de dados que vai disponibilizar informações das espécies, idade, historial de manutenção, possíveis doenças, inclinação, geolocalização, latitude e longitude.

A primeira fase do projecto decorre “a bom ritmo” desde Maio, e passa pelo “levantamento da história de todas as árvores situadas em jardins, parques e áreas verdes urbanas do concelho, somada à implantação de chips num universo global de cerca de 8 mil árvores”. Na segunda fase, será adquirida uma aplicação móvel que permitirá fazer a leitura instantânea da informação de cada árvore através de um smartphone ou tablet. O objetivo da Autarquia é “assegurar uma gestão plena da variedade de espécies existentes, bem como a manutenção contínua, apropriada e eficaz das árvores no concelho, prevenindo doenças e antecipando quaisquer necessidades de intervenção”, revela através de comunicado.

Idalina Perestrelo, vice-presidente da Câmara Municipal, que tem o pelouro dos Recursos Naturais, sublinha que os espaços verdes “são indissociáveis da identidade do Funchal, uma cidade que é percepcionada em toda a parte como uma cidade de Natureza, sendo que o nosso património arbóreo, que é igualmente um património natural e histórico da Região, assume um papel fundamental no equilíbrio do nosso meio urbano, em termos de conforto e valorização do espaço público, mas também de qualidade ambiental”, salientando ainda que o Funchal “estará agora na linha da frente de um novo paradigma em termos de planeamento, gestão e valorização do património arbóreo da Madeira”.

A primeira fase do projecto deverá estar concluída até meados do próximo ano, altura em que, “daremos um enorme passo de futuro em termos do controlo deste património, tendo em conta que os serviços passarão a estar ao corrente da situação de cada árvore, do seu crescimento, manutenção e evolução no panorama urbano”, sublinha Idalina Perestrelo, concluindo que, numa altura em que o património natural é “posto em causa um pouco por toda a parte, o Funchal marca uma vez mais uma posição ao nível da sustentabilidade ambiental”.