Madeira

Calado diz que PS viabiliza subsídio “em desespero de causa”

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À margem da reunião do Conselho do Governo desta semana, o vice-presidente do Governo Regional comentou a aprovação pelos deputados socialistas no novo modelo do subsídio de mobilidade aérea (que preconiza o pagamento de apenas 86 euros para os residentes nas viagens aéreas entre Madeira e continente).

Sobre o assunto que fez a manchete de hoje do DIÁRIO, Pedro Calado recordou que o PS foi “o único partido que ficou contra esta proposta”, aprovada pela Assembleia Legislativa da Madeira com votos favoráveis do PSD, CDS, PCP, BE, PAN e Verdes.

Este é “um volte-face na posição do PS, que dá o dito por não dito, recua numa posição inicial de votar contra os interesses dos madeirenses e porto-santenses”, mas depois “faz isto em desespero de causa” devido às eleições legislativas de Outubro”. Trata-se, a seu ver, de “um acto puro e simples de campanha eleitoral”.

Por outro lado, questionou quando é que esta proposta vai entrar em vigor, salientando que com as eleições de Outubro no horizonte “esta medida nunca poderá ser implementada a tempo e horas de beneficiar os madeirenses e porto-santenses”.

O vice-presidente do Governo Regional abordou ainda a questão do ferry. Pedro Calado indicou hoje que na segunda-feira, 8 de Julho, chega ao Funchal o navio que vai efectuar as 12 viagens da época alta entre a Madeira e continente (Portimão).

“Foi a operação por três meses e que nos foi possível montar por motivos financeiros e também logísticos”, referiu, mencionando que o Governo da Madeira promoveu por três vezes concursos públicos internacionais para uma ligação marítima e não havia disponibilidade de navios.

O objectivo é ter uma linha marítima durante todo o ano, salientando que “se não houver compromisso por parte do Governo da República nesta matéria e dando cumprimento ao princípio da continuidade territorial, é muito difícil à Madeira sozinha e com o seu orçamento assegurar uma operação o ano inteiro”.

O Governo Regional fica “aguardar” o cumprimento de outras promessas por parte da República, como é o caso do “subsídio social marítimo” ou “a situações das taxas de juro”.