“Não são flores que os trabalhadores esperam, o que lhes faz falta são salários decentes, respeito pela sua vida pessoal, pelos tempos de trabalho e de descanso e pagamento integral das horas de trabalho”. Palavras de Paulino Ascensão, líder do Bloco de Esquerda da Madeira, que assinalou o Dias do Trabalhador na Baixa do Funchal.

Numa crítica à iniciativa do Governo Regional, que também assinalou a efeméride depositando flores na escultura de homenagem ao trabalhador madeirense, o Bloco acusou o executivo regional de (ao contrário do que professa) ser “implacável a tramar o trabalhador”.

“Quando se queixam na inspecção do trabalho, essa informação que deferia ser confidencial, é levada ao patrão e o trabalhador é castigado na empresa”, ilustra o BE.

Mais acusam os governos, regional do PSD e da República PS, de entregar “milhões” às empresas, ao passo que “a quem trabalha é sempre a cortar: nos salários, nos direitos, no aumento do tempo de trabalho, no salário indirecto (serviços públicos, saúde, educação)”.

Perante este cenário, o Bloco convida os trabalhadores a pensar “quem defende os seus interesses e quem está pelos interesses dos patrões” quando forem votar.

Paulino Ascenção diz ainda esperar para ver no Dia do Empresário “Albuquerque e Cafofo a se acotovelarem a ver qual fica em mais fotos com os patrões”.