Desporto

Ex-jogador do Marítimo ganha em tribunal direito a pensão mensal de 580 euros

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A seguradora Tranquilidade vai ter de pagar uma pensão vitalícia mensal de 580 euros ao ex-jogador do Marítimo João Luiz, devido a uma limitação permanente que resultou de uma lesão contraída há quase seis anos num jogo contra o Paços de Ferreira. A decisão foi tomada na passada quarta-feira pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que inverteu o sentido da sentença do Juízo do Trabalho do Funchal, que decidira que o atleta brasileiro de 33 anos não tinha direito a qualquer compensação financeira.

Na origem do caso está um lance registado a 28 de Setembro de 2013 num jogo com o Paços de Ferreira no qual o médio do Marítimo foi pisado na mão direita por um adversário. João Luiz não ficou impedido de jogar e teve alta por parte do médico da companhia de seguros contratada pelo clube madeirense quatro meses após ter contraído a lesão. No entanto, ficou com dores e diminuição da força muscular nos dedos indicador e médio da mão direita, especialmente quando faz trabalho de ginásio. O caso foi tratado como um acidente de trabalho. Na impossibilidade de chegar a acordo com a companhia de seguros, o atleta reclamou os seus direitos em tribunal. Veio agora a ser-lhe reconhecida uma incapacidade permanente para o trabalho (IPP) de 7,79%. Tendo em conta que auferia no Marítimo um vencimento mensal de 10.638 euros (127.658 euros por ano), a pensão mensal foi fixada em 580 euros (6.961 euros por ano), a ser paga desde Janeiro de 2014 e suportada pela companhia de seguros.

João Luiz jogou no Marítimo até à época 2013/14 e hoje joga no East Riffa, do Bahrein.