Artigos

“O esfincter auditivo”!

Os ladrões de galinhas estão dentro do galinheiro? Mas afinal o que se passa?

Esta conversa tem 50 anos e aconteceu numa aula de Anatomia, quando o Professor Caria Mendes questionou um colega, para dar um exemplo de um esfincter ... e ele muito atrapalhado, respondeu: - O ouvido, Sr. Professor! E surgiu a resposta de rompante: - Feche lá o seu ouvido, ... se for capaz! Esta quase anedota, verídica, faz-me pensar como seria hoje muito útil, possuir um esfincter no ouvido, ... na entrada do canal, ... para se poder fechar, em imensas circunstâncias, ... quando a conversa não interessa, ou a entrevista está viciada, quando os números do orçamento estão manipulados, quando o entrevistado vem branquear a sua “pele” ou a vender a sua “dama”. Em toda a comunicação social, no instagram, no face-book, todos são bombardeados - como 1944 em Nagasaki - com flashs, comentários, imagens e derrocadas noticiosas, sem senso, sem sentido, sem fundo de verdade, sem interesse e tantas vezes sem conta e sem lógica. As notícias sobre Pedrógão, Tancos, Borba, Alcochete, sobre touradas, sobre o triatleta e agora sobre as greves e a Cruz V. Portuguesa ... chovem nas imagens, nos écrans e nas mensagens dos “nouveau écrivans” das redes sociais... como se dum dilúvio universal se tratasse, ... sem a Arca do Noé! Notícias, com textos e conteúdos duvidosos, muitos deles tendenciosos, mas intencionais, com raro interesse e pouco valor informativo. E vem mesmo a propósito recordar o nosso “premier”, ... com dois nomes, dois olhos e dois ouvidos ... que lhe dão veia lírica para ter dois pesos e duas medidas ... o António ouve e o Costa responde, ... sem saber um, exactamente aquilo que o outro escutou.

Os mal-entendidos e as “inverdades”, sobre Tancos ou sobre Borba, são a prova de que a areia do Saará, está a “voar” para a Península Ibérica e a invadir os olhos dos portugueses. Chegámos ao extremo ponto, de se por uma hipótese, sem a confirmar, se teria havido roubo de armas e munições! Mas como estamos no país das fotocópias, ... podiam ter lá colocado umas fotocópias dumas armas e munições, ... que ninguém daria por nada! Borba, ... !! ... outro escândalo ! Quantos podiam ter morrido ali? Houve uma ou duas explosões, antes da catástrofe? E foi isto ... mais aquilo, que foi sendo divulgado ao nosso povo, por várias entidades ou autoridades portuguesas, sem qualquer responsabilidade nas informações! Agora as touradas, com os vários debates e opiniões, em que sobressaem os show-off das perguntas e das respostas, as opiniões divergentes e totalmente antagónicas, os falsos problemas e um fanatismo desmedido. Até parece que já estão resolvidos, todos os problemas de todos os portugueses, de tal modo que, agora com tanto tempo livre e nada para fazer, fica todo o espaço e o tempo do mundo, para resolver alguns seculares problemas da causa animal. Na minha opinião - que já escrevi anteriormente - o problema está nos donos, nas suas posturas, no seu desconhecimento sobre os animais, eles próprios, todos eles diferentes uns dos outros, sejam animais de companhia - que “passeiam” com os tais donos, amarrados a uma coleira de marca - sejam os de abate, os de luta, os de diversão e os de exposição ou de desfile. E agora pergunto: - Um tigre de Bengala, no Zoo de Londres, dentro de uma jaula de aço inoxidável, com sistema de segurança, não é um um atentado civilizacional? O descarado e insistente racismo governamental, nos transportes aéreos portuguesas para as ilhas de Portugal, também não será um atentado civilizacional? Coitadinhos dos touros ... que não servem para a alimentação - carne muito dura - nem para desfile ou exposição - são muito estáticos e indisciplinados - nem para companhia - ficam instáveis, nos sofás e nos jardins, ... e que, se não forem “toureados” terão de ir para um qualquer zoo e vão ficar atrás das grades, impedidos de exteriorizar as suas nobres características e feitios.

Também a propósito, ainda este mês, no aeroporto da Madeira houve voos cancelados por falta de visibilidade, quando, para a maioria das pessoas, que lá estavam observando as condições atmosféricas, até haveriam condições para aterrar. No dia seguinte, na viagem finalmente realizada, obtive a informação de um comandante, que, a visibilidade mínima exigida actualmente é de 5000 m, mas que, já foi aprovado um valor de 2400 m ... que, para ficar activado, tem de ser certificado, o que deve demorar uns largos meses. Racismo? Olhe que não, olhe que não!

Sobre os outros casos que enumerei, falam-se deles, se não há mais nada de novo para dizer ... mas um caso descrito, de uma situação supostamente criminal em fase de investigação, não tem nada que ser escalpelizada na TV, ... até pelo respeito que se deve ás famílias do falecido.

Alcochete! Nem merece mais comentários! Soltem os animais selvagens dos zoos e coloquem em seu lugar outros animais, selvagens, da raça humana! Não ficarão, concerteza, jaulas vazias! E agora mesmo em notícias fresquinhas, a Cruz Vermelha Portuguesa com uma

investigação da P. J. e do M. P.! Os ladrões de galinhas estão dentro do galinheiro? Mas afinal o que se passa? Num ano o Ministério da Defesa Nacional dá 1,4 M, outro ano dá 1,5 M e no outro 2 M e ninguém sabe porquê nem para quê! Mais um caso para arquivar e para o povo pagar?

A surdez provocada ou voluntária - uma situação que não existe na realidade pela ausência do respectivo esfincter - seria uma forma hábil e prática de filtrar e depurar, casos, acontecimentos e histórias que não nos dizem respeito, ou que, dizendo directamente respeito, não conseguimos, de forma alguma, resolver. E como um exemplo, cito os “tablets” ... cuja palavra tem a ver com “table”, ou seja, mesa, ... são usados para as crianças, muito pequenas ... comerem a sopa, para não chorarem ou simplesmente para não incomodarem os pais ... e são colocados no colo dos miúdos - em vez de ser em cima duma mesa - transmitindo uma dose brutal de energia em radiações, através do corpo, num organismo imaturo, em desenvolvimento. E são muitos destes pais - com veia “iluminada” - que não vacinam os seus filhos, com a desculpa esfarrapada de que as vacinas são inseguras. Nestes casos, só há uma saída airosa ...

de um dia para outro, passarem eles próprios, a pagar do seu bolso, as despesas de saúde, provocadas pelas suas paixões e voluntárias decisões, sem nexo e sem suporte. Temos de voltar aos tempos do Faroeste ... e colocar em cartazes nas árvores dos jardins, as carinhas de todos estes foras-da-lei ...”intrincheirados” nas suas liberdades, direitos e garantias!

E acabo com uma anedota ... mesmo verdadeira: - Eh compadree, tá domindo? - Não senhore! - Empesta 20 escudos! - Tou domindo!!! Made in Madeira!

Boas Festas !!!