Madeira

Deputado do PSD identifica os “dez obstáculos” criados pela República

Foro Jorge Freitas Sousa
Foro Jorge Freitas Sousa

“Não somos portugueses de segunda”, protesta Marco Gonçalves. O deputado do PSD fez a intervenção de abertura da sessão plenária de hoje, na Assembleia Legislativa da Madeira e identificou os “dez obstáculos” que o Governo da República tem colocado à Região.

Marco Gonçalves referiu, em primeiro lugar, a construção do novo hospital, para o qual o primeiro-ministro ainda não criou o prometido grupo de trabalho.

A revisão do subsídio de mobilidade, em atraso desde Fevereiro de 2016 e a linha marítima de passageiros e mercadorias, que Lisboa não aceita subsidiar, são outros obstáculos.

O PSD recorda, também, a carga aérea, para a qual os Açores recebem 9,4 milhões de euros, mas que não tem apoio na Madeira.

Marco Gonçalves destacou, na sua intervenção, a redução da taxa de juro da dívida ao Estado, pedida pela Região, à semelhança do que PS e BE defendem para o país em relação aos credores. Uma redução que permitiria à Região poupar 20 milhões de euros ao ano.

Como sexto obstáculo, identifica a diferença de transferências para a Segurança Social que beneficiam os Açores em mais 16 milhões.

As verbas destinadas aos incêndios estão com oito meses de atraso e a sobretaxa do IRS, que o PSD reivindica como receita da Madeira, já atinge os 67,5 milhões de euros.

Marco Gonçalves recorda, também, as dívidas dos susbsistemas de saúde nacionais ao SEASARM que atingem os 16 milhões.

Finalmente, a actualização das transferências das receitas dos jogos da Santa Casa de Misericórdia que neste momento são de 1,2 milhões mas que, aplicando o que determina a a lei das finanças regionais, deveria ser de mais de 12 milhões.

“A vontade é de diálogo, mas não nos resignamos”, conclui.