Madeira

Sindicato dos Professores da Madeira promete continuar com greves se a Região não adoptar um rumo diferente

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No final deste dia de luta histórico dos docentes, o Sindicato dos Professores da Madeira apresentou o balanço das iniciativas realizadas, nomeadamente da concentração no centro do Funchal e dos índices de adesão à greve.

“Segundo dados da PSP, estiveram presentes 600 docentes em frente à Assembleia Legislativa Regional, na marcha pelas ruas do Funchal e, posteriormente, em frente à SRE e à Vice-Presidência. Na perspetiva de muitos participantes, os números deverão ter andado próximos dos 800 docentes.

Da parte da manhã, as escolas do 1.º ciclo com pré-escolar tiveram, em média, índices de adesão acima dos 70%; nas escolas dos 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário, a adesão fixou-se nos 60%, no total. Da parte da tarde, os valores subiram ligeiramente em ambos os casos.

Estes valores são o reflexo de uma onda de descontentamento dos docentes, que tem aumentado gradualmente, devido à discriminação da classe dentro da Função Pública, em relação ao modelo de descongelamento e contagem do tempo de serviço prestado em anos de congelamento. De recordar que nos últimos 12 anos, os docentes estiveram congelados 9 anos, 4 meses e 2 dias. Se a Região não adoptar um rumo diferente do que foi proposto no Orçamento de Estado, a luta dos professores e dos educadores da RAM continuará até que o Governo Regional reponha os direitos da classe, suspenso pelas constrangimentos orçamentais que afectaram o país e a Região durante vários anos.

Recordamos, ainda, que os docentes já contribuíram com mais de 400 milhões de euros para os cofres da Região e que o descongelamento de todos os docentes da RAM não custará mais de 36 milhões. No entanto, o SPM está disponível para negociar um faseamento de forma a facilitar a regularização das carreiras”.