Os mistificadores

Tentam confundir os portugueses misturando eleições autárquicas com eleições legislativas, como se umas e outras tivessem o mesmo objetivo e os respetivos resultados o mesmo significado, é vê-los qual coro afinado concordando com o PR quando este afirmou que nas eleições autárquicas “Não se trata de escolher um presidente da república, um parlamento nacional, um parlamento europeu, um governo, um líder partidário trata-se, antes, de legitimar os que irão governar ... os vossos municípios nos próximos quatro anos...” mas logo de imediato tentam tirar dividendos, cada um a seu modo, dos resultados eleitorais. Quem levou o País quase à bancarrota foi o governo PS de Sócrates, quem o resgatou foi o governo liderado por Pedro Passos Coelho (PPC), com o contributo inestimável dos portugueses. PPC teve o grande mérito de se manter firme no cumprimento do acordado com os nossos credores, e foram os sacrifícios dos portugueses, o desempenho das nossas empresas de bens transacionáveis e a sua firmeza que permitiram voltarmos a ser donos do nosso destino, ao contrário do que preconizavam o atual PM e os líderes do PCP e do BE que tanto elogiavam Tsipras na sua campanha contra a austeridade mas que, ironia das ironias, foi o próprio Tsipras que teve de a implementar na Grécia. O atual governo tem-se limitado a distribuir por uma parte da população alguns euros dos empréstimos que vai obtendo, fomentando o consumo dando uma falsa imagem de fartura que não corresponde à real situação do País. Este governo não tomou quaisquer medidas estruturais para atrair mais investimento empresarial em setores de bens transacionáveis essenciais para melhorar a nossa economia e a criação de emprego. Continuamos demasiado dependentes das receitas do turismo, e parte do incremento do nosso turismo deve-se à “fuga” de outros mercados e todos sabemos quais as razões disso, e às quais não estamos imunes. Entretanto a dívida pública atingiu novo record: 250.000.000.000 de euros!