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Maduro acusa EUA de promover violência para controlar o país

FOTO CRISTIAN HERNANDEZ/EPA
FOTO CRISTIAN HERNANDEZ/EPA

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou hoje o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de agredir a Venezuela com ações “terroristas, violentas e desestabilizadoras”, para “tomar o controlo político” do país.

Nicolás Maduro falava durante o programa radiofónico e televisivo “Os domingos com Maduro”, transmitido de maneira simultânea e obrigatória pelas rádios e televisões do país, durante o qual insistiu que a comandar as forças violentas e a intolerância no país está “a mão imperialista de Donald Trump”.

“Donald Trump está metido nesta conspiração e agressão que tem como propósito tomar o controlo político da Venezuela, recolonizar a Venezuela”, disse.

Nicolás Maduro denunciou ainda que está a aumentar uma campanha de terror, de parte de setores violentos da oposição, que procuram instaurar o caos para perpetuar um golpe de Estado continuado e destruir o seu Governo.

“Não sou eu quem lhes deu uma espingarda, nem uma ‘bomba molotov’ [explosivo de fabricação caseira], nem sou eu quem lhes deu um capuz. Foi Júlio Borges [presidente do parlamento) quem lhes deu um capuz e uma espingarda. Eu dei-lhes um pentagrama, os recursos e vou continuar perseverando na cultura”, disse.

No seu entender, há “uma direita fascista dominada pelo ódio e pela violência” que será derrotada e que conta com o apoio de Donald Trump, que, disse, “já tirou a máscara”.

Para o Chefe de Estado a sua proposta de convocar uma Assembleia Constituinte “é um grande processo de renovação nacional, de mudança revolucionária, uma necessidade histórica para fazer uma mudança em paz, um grande consenso, um grande diálogo nacional”.

Por outro lado, denunciou ainda que está em curso uma “operação mundial” para “chantagear artistas e desportistas venezuelanos, para que se pronunciem contra o seu Governo”.

“Denuncio a operação mundial que há sobre importantes personalidades da arte e do mundo do desporto, uma operação dirigida pelos EUA, para pressionar desportistas e artistas famosos para que se pronunciem contra mim e sobre a situação da Venezuela”, frisou.