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Lei da saúde de Trump sofre novo golpe com oposição de senador Rand Paul

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O senador conservador norte-americano Rand Paul manifestou-se hoje contra a lei de saúde republicana que pretende substituir a ObamaCare, apesar das recentes alterações, reduzindo as hipóteses de a Casa Branca conseguir a sua aprovação esta semana no Senado.

O senador pelo estado do Kentucky junta-se assim a John McCain, senador republicano pelo Arizona, que também disse que votará contra a lei republicana de cuidados de saúde, naquilo que o Presidente, Donald Trump, descreveu como “uma chapada na cara do Partido Republicano”.

Altos responsáveis republicanos alteraram o texto da nova lei de cuidados de saúde de um dia para o outro, acrescentando milhares de milhões de dólares adicionais para os estados e atenuando os requisitos de cobertura exigidos durante a presidência de Barack Obama, para obter o apoio de senadores republicanos hesitantes.

Rand Paul opusera-se a uma versão anterior da lei, afirmando que ela gastaria demasiado dinheiro.

Instado hoje a comentar se a posição do senador Paul se tinha alterado, o porta-voz Sergio Gor forneceu um documento em que constavam três exigências, sendo a primeira delas uma “significativa” redução em relação ao milhão de milhões de dólares em despesa constante do orçamento para 2010 de Obama.

O senador republicano quer também a eliminação de requisitos que as seguradoras cobrem, relativos a serviços médicos específicos e outros tratamentos, e a criação de planos de saúde de “associação”, a que os consumidores podem aderir para pagar preços mais baixos.

“É a única maneira de ele votar ‘sim’”, disse Gor, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).

Trump e os seus conselheiros têm estado regularmente em contacto com o senador do Kentucky e esperavam também persuadir a senadora republicana do Alasca, Lisa Murkowski, a votar a favor da nova lei, alterando os pontos que a preocupavam relativamente ao seu estado, onde os custos da saúde são elevados.

Enfrentando uma oposição em bloco dos democratas, e com uma magra maioria no Senado, os republicanos perderão se três dos seus senadores discordarem da lei.

Terá de realizar-se uma votação esta semana para que os republicanos tenham alguma hipótese de vencer, ainda que por uma estreita margem. No próximo domingo, expira a proteção contra um ‘filibuster’ (bloqueio) democrata, um entrave que fará com que a lei seja descartada, uma vez que faltam aos republicanos os votos para o ultrapassar.