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Jovem britânico admitiu planear atentado no centro de Londres

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Um britânico declarou-se culpado perante o Tribunal penal de Old Bailey, em Londres, de ter planeado entre abril e setembro de 2016 um atentado na cidade, que poderia ter incluído um concerto de Elton John no Hyde Park.

Haroon Syed, de 19 anos, residente no bairro de Hounslow, oeste da capital, confessou a sua culpabilidade após os seus advogados não terem conseguido a anulação do seu caso.

O juiz Michael Topolski referiu que pronunciará a sentença em 08 de junho, após ter recebido um relatório psiquiátrico, e adiantou que o acusado enfrenta a possibilidade de “prisão perpétua”.

No decurso da audiência, a procuradoria referiu que Syed foi detido em 08 de setembro após manter contactos pela Internet com um agente dos serviços secretos britânicos que se fazia passar por um ‘jihadista’ de nome Abu Yusuf, e que supostamente poderia garantir armas.

O jovem Syed pediu-lhe uma metralhadora, um colete à prova de balas e explosivos, e apesar de referir que não tinha dinheiro aceitou encontrar-se com o seu contacto num café, permitindo que o agente gravasse a conversa.

A procuradoria revelou que o acusado procurou na Internet diversos locais para cometer o atentado, e selecionou a artéria comercial Oxford Street e o Hyde Park, onde estava programado um concerto de Elton John para recordar o aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Nos seus dispositivos eletrónicos também foram detetadas buscas sobre o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), enquanto ISIS (o acrónimo do EI em árabe) era o código de acesso ao seu telefone.

Durante o processo, o advogado de defesa referiu-se à situação vulnerável de Syed, devido à sua história familiar, falta de educação, vício em jogos violentos na Internet e uma recente condenação do seu irmão.

O seu irmão, Nadir Syed, 23 anos, foi condenado em junho de 2016 a prisão perpétua, devendo cumprir um mínimo de 15 anos, por planear um atentado ‘jihadista’ durante o “Remembrance Day” de 2014, quando se homenageiam as Forças Armadas.

O advogado de defesa também argumentou que os serviços secretos deveriam ter canalizado o suspeito para o programa governamental anti-radicalização “Prevent” e não “incentivá-lo na direção contrária” e que supunha a concretização de um ataque.