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Forças Armadas preocupadas por acusações do Ministério Público na Venezuela

Foto EPA
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As Forças Armadas da Venezuela (FAV) manifestaram hoje a sua preocupação pelas declarações da Procuradora-Geral, Luísa Ortega Díaz, que quarta-feira responsabilizou a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) pela morte de um manifestante.

Em comunicado, as FAV consideram “muito preocupante que se torne público um pré juízo de factos, no caso da morte do estudante Juan Pernalette, ao indicar que a mesma se deveu devido ao impacto de uma granada lacrimogénea, alegadamente disparada pela GNB”.

O documento, divulgado em Caracas e assinado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, sublinha que a alegação “não só afeta o espírito” do GNB como pode ainda “instigar à violência” contra a polícia militar.

Segundo o comunicado, as operações para restabelecer da ordem são conduzidas e supervisionadas a todos os níveis de comando e levadas a cabo no “quadro de um absoluto respeito pelos direitos humanos”, alegam as FAV.

Quarta-feira a Procuradora-Geral Luísa Ortega Díaz anunciou que 55 pessoas tinham sido mortas no âmbito dos protestos, 52 das quais eram civis e três eram agentes da polícia e militares.