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Caracas denuncia plano da UE para atacar democracia venezuelana

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O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, denunciou hoje que a União Europeia (UE) está a preparar um plano para questionar os resultados das eleições regionais de domingo e atacar a democracia venezuelana.

“Tal como advertimos, a UE e alguns dos seus Estados membros, subordinados a Trump (Donald, Presidente dos EUA) questionam a vontade do povo venezuelano”, escreveu na sua conta na rede social Twitter.

Segundo Jorge Arreaza “comprova-se assim o plano traiçoeiro e desesperado, concebido nas capitais europeias dias antes das eleições, para atacar” a democracia venezuelana.

“Gostariam, na Europa, de contar com uma democracia real, onde os seus povos possam eleger livremente entre projetos realmente opostos”, escreveu.

Numa outra mensagem o ministro venezuelano refere-se à transparência e fiabilidade do sistema eleitoral da Venezuela.

“Também gostariam, nesses países, contar com um sistema eleitoral como o venezuelano, absolutamente auditável em todos os seus processos”, defendeu.

Segundo a imprensa venezuelana, a UE está a preparar sanções contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro e seus ministros.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no Governo) conquistou, nas eleições regionais de domingo, 17 dos 23 cargos de governadores de estado, tendo o Presidente, Nicolás Maduro, defendido que se tratou de uma “vitória nítida” para o regime, que conquistou 75% dos cargos de governador em disputa.

No entanto, a aliança opositora venezuelana Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciou hoje que rejeita os resultados.

“Nem a Venezuela nem o mundo acreditam nesse conto que nos contaram. Solicitámos aos comandos regionais que verifiquem todo o processo, que se audite tudo, inclusive nos Estados em que candidatos da Unidade (oposição) foram declarados vencedores”, disse o porta-voz da MUD, Gerardo Blyde.