Madeira

PS-M defende Carta de Princípios Para a Igualdade no Poder Local

Listas paritárias, ou seja igual número de homens e de mulheres candidatos, é um dos princípios defendidos

Foto DR
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Decorreu esta tarde, na sede do PS-Madeira, uma reunião de trabalho de apresentação da “Carta de Princípios Para a Igualdade no Poder Local”. Mafalda Gonçalves, presidente do Departamento Regional das Mulheres Socialistas disse, em conferência de imprensa, que esta iniciativa visa reunir todas as pessoas que estão envolvidas com as concelhias do PS-M, de forma a serem elaborados os programas eleitorais de cada concelho, com base nas ideias plasmadas na Carta de Princípios, pensando em políticas de igualdade.

Por seu turno, a deputada na Assembleia da República e presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, Elza Pais, salientou que veio à Região para apresentar, bem como como discutir a Carta de Princípios Para a Igualdade no Poder Local, referindo que esta Carta foi produzida no âmbito de uma convenção sobre o poder local e a igualdade. Segundo Elza Pais a Carta de Princípios pretende, sobretudo, aproximar as pessoas da política e do princípio da igualdade.

Neste contexto, a eurodeputada Liliana Rodrigues disse que espera que se venham a efetivar já, nas próximas eleições autárquicas, listas paritárias. Contudo, sublinhou que há muito a fazer, no que diz respeito à igualdade, nomeadamente no que concerne à violência de género, particularmente, em relação às mulheres, afirmando que o Governo Regional tem responsabilidades nesta matéria. A eurodeputada lembrou, ainda, as vítimas mortais de violência doméstica e, nesse seguimento, salientou que“ não basta ter os gabinetes de apoio à vítima, é preciso ir para o local para junto das comunidades”. Neste sentido, referiu que existem instrumentos financeiros à disposição dos Estados membros e das Regiões Europeias de modo a implementar uma mudança radical que acabe com a violência de género.

Refira-se que a Carta de Princípios tem como objetivo garantir uma representação equilibrada de mulheres e homens – Cidades 50/50 - em todos os órgãos dos Municípios: Câmaras e Assembleias Municipais, Assembleias e Juntas de Freguesias, Comunidades Intermunicipais e o Setor Empresarial Local, como também potenciar o saber e a qualificação das mulheres como fator de competitividade, sustentabilidade da economia, do ambiente, e reforço da coesão social e territorial, entre outros.