Madeira

Inspecção tem projecto sobre desenvolvimento de aprendizagens

Áreas administrativa e financeira são sensíveis

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A Inspecção Regional de Educação encontra constrangimentos nas áreas administrativas e financeiras nas escolas, mas também em termos pedagógicos há trabalho a fazer, nomeadamente no sucesso educativo. Com um novo paradigma, a Inspecção está agora centrada na melhoria do contributo da escola à comunidade educativa, em particular na qualidade das aprendizagens dos alunos, e para contribuir para a qualidade está a desenvolver programas de acompanhamento, um deles em escolas de 1.º ciclo sobre o desenvolvimento das aprendizagens.

“Nós todos temos a percepção dos resultados, quer da avaliação sumativa interna das escolas, quer da avaliação sumativa externa das escolas, os exames e as provas finais, mas nós estamos no terreno e vamos perceber como é que a escola faz o diagnóstico dos seus problemas, ou seja, para além da folha Excel, perceber que soluções a escola adopta, como é que monitoriza e como é que promove a melhoria na prática, que isto nos parece fundamental”, disse Jorge Morgado, um dos intervenientes na II Conferência Diversidades, que decorrei esta manhã na Reitoria da Universidade da Madeira. O titular da pasta da Inspecção Regional de Educação escolheu contribuir com o tema ‘O papel da Inspecção na valorização das boas práticas nas escolas’.

No âmbito do referido projecto sobre o desenvolvimento das aprendizagens, o acompanhamento pela IRE é feito na escola. Deste trabalho resultam relatórios que depois são partilhados com todas as escolas. O projecto já esteve na Escola da Nazaré, numa escola de Câmara de Lobos e em outra de Santa Cruz. ”A nossa perspectiva é nesta fase de acompanhamento levarmos a todas as escolas do concelho”, disse Morgado.

Perceber como é que as escolas se organizam do ponto de vista financeiro, que constrangimentos tem, que boas práticas, são outros desafios da nova abordagem às instituições de ensino. Há casos de escolas por exemplo mais preocupadas em desenvolver horários de trabalho para responder às necessidades das escolas, mas que descuram a questão do enquadramento legal, exemplificou.